1 de junho de 2016

Personagem do Mês de Junho de 2016

Sejam novamente bem vindos a mais uma edição de o Personagem do Mês aqui no Gamer Desconstrutor. Para aqueles que ainda não conhecem o quadro, este é uma espécie de evento realizado mensalmente lá na nossa comunidade Retro-Gamers Brasil G+ aonde escolhemos quatro personagens gamísticos que irão para uma disputa por votação, o vencedor representará de forma temática a comunidade durante os dias que compõe o mês, além disso, o vitorioso também ganha uma galeria com várias imagens (oficiais ou não) além de receber um quadro de batalha montado por mim usando Sprite Sheets dos games a qual eles participaram, e cenários customizados também por mim mesmo. Curtam o quadro de batalha a seguir e vejam como foi tanto a montagem do mesmo, assim como a disputa em si:

A temática que embasou a escolha dos concorrentes para personagem do mês de Junho de 2016 foi: “Heróis Esquecidos”. Aonde tivemos a participação de Harry Jr. do game Pitfall: The Mayan Adventure, Lester Knight do jogo Out Of This World (Another World), Prince do game Prince of Persia e por fim o personagem Sketch Turner do sensacional game Comix Zone. Vamos ver a colocação?
Harry Jr. (Pitfall: The Mayan Adventure): Em ultimo lugar ficou Harry Jr. do game Pitfall: The Mayan Adventure que foi desenvolvido (Em parceria com a Redline Games) e inicialmente publicado pela Actvision no ano de 1994 para SNES, Mega Drive e SEGA CD. Posteriormente ganhou versões para 32X, Atari Jaguar, Microsoft Windows, Game Boy Advance e Virtual Console. O protagonista é nada mais nada menos do que o filho do personagem principal do game original lançado para Atari 2600 em 1982, mas aqui Harry Jr. tem a complicada missão de resgatar seu pai na floresta Maia.
Obs: Ainda bem que o Harry Jr. não ganhou a enquete, pois quase não existem artes dele.

Lester Knight (Another World): Lester Knight foi outro que amargou a ultima colocação junto com Harry Jr. Mais conhecido no Brasil com o nome de Out Of This World, Another World é um game desenvolvido pela Interplay e Delphine Software e publicado para Super Nintendo e Mega Drive no ano de 1991. Mas posteriormente veio a ganhar outras versões para os mais diversificados consoles caseiros.
O protagonista do game é Lester Knight Chaykin, um jovem cientista que enquanto trabalhava com experiências relacionadas a aceleração de partículas, sofreu um acidente em decorrência de um relâmpago que atingiu seu laboratório, com isso ele foi teletransportado para um mundo diferente dominado por uma raça de seres humanoides diferentes de nós.
Versão HD do game

Prince (Prince of Persia): Quem acabou levando a prata foi o Prince do jogo Príncipe da Pérsia. Criado por Jordan Mechner, a série de Príncipe da Pérsia ganhou seu primeiro título no ano de 1989 para Apple II, e um ano mais tarde portado para computadores pessoais. Mas somente a partir de 1992 foi que surgiram as verões para consoles caseiros como Master System, Mega Drive, Super Nintendo dentre outros.
Inicialmente Prince of Persia se chamaria The Thief of Bagdad

O protagonista do game não possui um nome, mas é conhecido somente como Prince, este é aprisionado nas masmorras logo no início do game por um feiticeiro conhecido como Jaffar que tenta tomar o trono através do casamento com a princesa filha do sultão da antiga Pérsia. O objetivo do jogador é escapar das masmorras, ir para a torre do palácio, derrotar Jaffar e libertar a princesa, tudo isso em menos de 60 minutos (120 na versão SNES).

Sketch Turner (Comix Zone): Quem leva o Ouro é Sketch Turner do fabulosíssimo Comix Zone, um game produzido pela mesma filial da SEGA responsável pela criação dos jogos Kid Chameleon e Sonic Spinball. Pessoalmente falando, Comix Zone é o tipo do jogo que se torna inesquecível mesmo jogando ou observando um gameplay por um curto preríodo de tempo. Mas o ano em que ele foi lançado, 1995, já era peculiar por conta da nova geração de consoles (Os de 32Bits) que estavam com o maior gás.
O Playstation 1 e o SEGA Saturn já estavam no mercado desde 1994 e o Nintendo Ultra Sixty Four, anunciado desde 1993, viria somente três anos depois (1996). A maioria dos jogadores enchiam os olhos com a grande novidade, os poligonais tridimensionais que, segundo várias empresas (Principalmente a SONY), era o futuro gráfico do entretenimento. Por isso, investir em games com estrutura 2D usando Sprites Sheets não possuíam mais o mesmo atrativo de outrora a não ser que fosse utilizado alguma distinção visual como foi o caso do Donkey Kong Country (1994) que fez uso das texturas pré-renderizadas a partir de modelos 3D, sem contar a sua excelente trilha sonora.
Por isso o investimento mercadológico em consoles da era 16Bits se tornaria relativamente obsoleto mesmo para consoles como o Mega Drive e o Super Nintendo que, respectivamente, já haviam investido em games poligonais como Virtua Racing (1994) e Star Fox (1993).
O personagem principal de Comix Zone já possuía grandes atrativos por conta de certas peculiaridades, como por exemplo o detalhamento em sua animação de movimento, o estilo de luta que rendiam alguns golpes bem bonitos de se apreciar, e sua história que por sí só já é bem interessante: Sempre acompanhado por seu rato de estimação, Roadkill, Sketch Turner é um artista cartunista criador de histórias em quadrinhos e músico nas horas vagas, certo dia, enquanto trabalhava em uma de suas obras, um raio caiu sobre sua prancheta de desenho dando vida a Mortus, um vilão criado pelo próprio Sketch que, por sua vez, salta pra fora das páginas da HQ e lança Sketch para dentro da mesma. 
Desenvolvimento do quadro de batalha:
Já dava para se ter uma noção de quem iria levar a melhor nos primeiros dias da enquete, logo tive a ideia a qual teria de fazer de tudo para dar certo de tão genial que eu julgava ser, que era por uma imagem da mão do vilão, Mortus, como cartunista do quadro de batalha desenhando várias duplicatas do Sketch Turner atacando os demais concorrentes (Harry Jr., Lester Knight e Prince), seria mais ou menos uns dois ou três duplicatas do personagem principal do Comix Zone atacando cada um dos concorrentes, e o “verdadeiro” em forma de super voando no alto só curtindo a desgraça alheia. O problema é que até onde eu procurei, ninguém havia capturado a imagem desta mão uma qualidade boa e de preferência em PNG, que é o formato de arquivo de imagem que eu costumo trabalhar quando estou montando essas coisas. Sendo assim, tirei a poeira do meu analisador de save do Genesis, abri o emulador, carreguei a ROM e comecei a trabalhar, por sorte, na imagem onde aparece o logo da SEGA, damos de cara com essa mão escrevendo a palavra “Presents” logo abaixo do referido logo.
Também pensei em por os concorrentes num cenário dentro do papel sobre a prancheta de arte do desenhista, novamente recorri ao próprio Comix Zone para pegar os subsídios necessário para tentar implementar esta ideia, por isso capturei a imagem e deixei separado para trabalhar posteriormente.
Por garantia, dei uma avançada no game play só pra ver se os programadores usaram a mesma mão, e como é o padrão de cor dos personagens ainda sendo desenhado na tela, ou seja, “em preto e branco”. Por isso eu deixei uma cópia da imagem a seguir no arquivo principal de montagens só para me basear no modo como ele foi desenhado, pois em algum momento eu colocaria o Sketch Turner com partes de seu corpo nesse padrão de cor dando a entender que sua arte ainda não havia sido concluída. Os demais elementos do Comix Zone que eu queria já haviam sido todos capturados por ripadores gráficos de outros sites.
A princípio, para compor o cenário, eu havia pensado numa câmara de tortura, mas não tive sorte de encontrar algo satisfatório, até procurei aqueles insanos Death Match que eu tanto gosto presentes no World Heroes 2, mas não deu para usar. Novamente eu recorri aos cenários de arena, então peguei algumas Backgrounds de arena do game Weapon Lord (SNES) capturadas e desmontadas por Maxim do site spriters-resource a qual eu iria usar como recurso de customização para uma nova criação de ambiente. Peguei também uns fundos do game Mortal Kombat 2, para isso, dei uma passadinha no site Mortal Kombat WareHouse. Mas ainda não estava decidido como montar o cenário, e muito menos concluído o serviço de captura de sprites que eu necessitava fazer, que foram os quadros de animação do personagem Harry Jr. do game Pitfall The Mayan Adventure que, por incrível que pareça, não foi realizado por ninguém.
A essa altura do trabalho, eu já tinha como perceber que as coisas envolvendo os personagens iria dar muito certo, mas eu ainda estava preocupado em como as coisas iriam correr em relação a montagem do cenário e adequação das cores.
Depois que percebi que a área da arena era pequena de mais para comportar todos os personagens, resolvi duplicar resolução da imagem mesmo sabendo que ainda iria precisar de uma área adicional para criar a ambientação profissional aonde o quadro estaria sendo "pintado", ideia esta empregada pela primeira vez neste quadro de batalha.
E assim eu fui ajustando as coisas e colocando mais elementos para detalhar melhor o meu quadro de batalha. Todos os NPC’s que eu havia pesquisado ficaram de fora por duas razões: A primeira delas é que eles não atuariam na batalha por conta do protagonista do Comix Zone ser ou serem os únicos encarregados pela luta, o segundo é que eu queria evitar a todo custo qualquer poluição em demasia no ambiente onde os personagens estão atuando. Mas um detalhe significativamente especial para mim eu não poderia deixar de por, que é a inserção do Lampadinha (Little Helper em inglês), que era aquele robozinho que usava uma lâmpada como cabeça e que ajudava o Professor Pardal ("Gyro Gearloose" em inglês).
O significado do Lampadinha no canto inferior esquerdo da versão definitiva do quadro é bem interessante, particular e nasceu junto da ideia de por o quadro por sobre uma prancheta representando a área de trabalho de um artista. Eu o queria como uma espécie de simbolismo representativo do artista que esta criando a obra, não a revelação da identidade em si, mas o que ele é. No caso, não que o quadro esteja sendo "pintado" pelo Professor Pardal, mas por alguém que considera isso simultaneamente como uma ciência e uma arte. O Lampadinha era um dos personagens que mais me chamavam a atenção quando eu assistia os desenhos do Duck Tales na minha infância, e devo confessar que até cheguei a tentar montar com arame um Lampadinha sem vida para mim. Por isso quis pô-lo esperando que cada detalhe presente no quadro de batalha seja tão esclarecedor para você que se interessou em ler o post até aqui, quanto para mim que dediquei um tremendo tempo para preparar tudo isso. Sendo assim, como não poderia deixar de ser, desejo à todos vida longa e próspera!
\\//_

4 comentários:

  1. legal cara, gostei da arte do A. Davis sobre o jogo. e acho que o principe não merecia apanhar nesse quadro criado por voce

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  2. Uau, Yoz!!! O quadro ficou simplesmente genial!!! 0_0 Numa boa, você se superou desta vez!

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