11 de outubro de 2023

Octopath Traveler - Review, Opinião e Sonhos

Nos meus quase 40 anos de vida e 30 e poucos deles jogando videogames, um gênero que eu aprendi a amar e se tornou o meu favorito é o RPG. Os jogos que costumam demorar mais, tem toneladas de texto, requerem muito mais tempo pra fazer aquele grinding maroto… foram muitas experiências com títulos famosos e muitos desconhecidos. Muitos dos jogos ganharam inclusive um lugarzinho no coração, ficam como experiências que eu não esqueceria tão fácil. 



Pra mim é quase impossível escolher um único jogo de RPG pra dizer que esse é o meu favorito, mas eu poderia facilmente listar por consoles que eu tenho, ou mesmo pelo que eu joguei no emulador, alguns títulos que eu pude apreciar com gosto ao longo dos anos. E é pra contar um pouco da minha experiência com um determinado jogo, ao mesmo tempo que tento fazer uma análise que provavelmente não vai parecer uma análise, que eu decidi fazer esse texto. 





NOTA: Muito da minha opinião pessoal, bem como spoilers vão estar presentes nesse texto. Se esse não é o tipo de artigo que você gosta de ler, tem textos até melhores aqui no blog. 


Esse negócio aqui vicia... foram mais de 1000 horas entre WiiU e Switch
de vida perdida kkkkkkkkkkkkkkk

Eu não tenho marca de console favorita, vou mais pelos jogos que o console tem como exclusivos. Mas com a Nintendo, se você gosta dos jogos dela, é comprar o console deles ou não jogar (se bem que tem emuladores…), assim foi em 2017 quando eu comprei um WiiU pra poder jogar The Legend of Zelda Breath of the Wild, engraçado que o console me foi entregue no dia do lançamento do Nintendo Switch, eu estava literalmente vendo o evento de lançamento do console quando o correio chegou pra me entregar o WiiU. E por causa do mesmo Zelda eu acabei comprando em 2018 um Nintendo Switch, se bem que não foi só o Zelda meu interesse, eu queria jogar outros jogos da Nintendo como o Super Mario Odyssey.

Mas eu diria que foi ainda em 2018 mesmo que eu realmente vi a compra do Switch ter valido muito a pena. Embora anunciado em 2017 ainda como Project Octopath Traveler me chamou a atenção logo de cara. E o jogo foi lançado em 13 de julho de 2018, inicialmente como exclusivo do Switch e eu ... não consegui comprar o jogo no lançamento… já tinha comprado alguns jogos e a grana tava meio curta… até porque todo mundo sabe que jogo de Switch não é nada barato.






O tempo passou, eu com a grana curta, quando comprava um jogo novo, indiferente do console, era uma coisinha barata… até que em 2020, sem nunca desistir, eu finalmente consegui comprar a minha cópia de Octopath Traveler pra Nintendo Switch… alegria, o joguinho desenvolvido pela Acquire, com nomes que trabalharam em Bravely Default que é um ótimo RPG do 3DS e publicado pela Square Enix finalmente chegava nas minhas mãos, após uma espera um pouco alta porque os correios, como sempre, deram aquela atrasada na entrega (e olha que era SEDEX). Nem me lembro que jogo eu estava jogando na época até que ele chegasse mas sei que parei na hora. Não é sempre que se tem em casa um jogo que se deseja jogar a tanto tempo…


Tá garantido



Gráficos importam pra você? Bom, pra mim não. Eu jogo alguns títulos de Playstation com aquele 3D primitivo da mesma forma que um jogo de geração atual, não vou dizer que são bons gráficos dependendo do jogo e se for pra fazer comparações eu faria com títulos e hardware da época do jogo… a menos que seja como Octopath Traveler, nesse jogo a primeira coisa que chama a atenção. Não por ter um visual ultra realista mas sim pelo estilo que na época era meio que único do jogo. Batizado de HD-2D, o visual do jogo faz uma linda mistura de pixels, com polígonos simples, com efeitos de iluminação, desfoque e transparência. Os cenários tem um estilo que lembra muito aqueles livros infantis que quando abrimos as cenas se desdobram, inclusive na versão de colecionador do jogo, um livro nesse estilo é parte dos itens. Efeitos de magia, golpes e similares também são pra ajudar ainda mais a encher os olhos. É como se RPGs lá do Super Nintendo ganhassem um remake… não, pera…. 


Gráficos não importam mas são lindos

O jogo lembra tanto um RPG de SNES que inimigos são estáticos e os personagens em combate não vão lá bater no inimigo, bem a cara dos Final Fantasy da época. Diria eu que esse talvez seja o maior defeito da parte visual do jogo. 

Mas nos gráficos, se eu pudesse acrescentar ou melhorar algo, seria aumentar a quantidade de ilustrações como as que temos na tela de status. O estilo de arte do jogo é tão bonito quanto o jogo todo, adoraria ver umas cenas que acontecem na história sendo ilustradas com o mesmo capricho.


Agora que tiramos os gráficos do caminho, acho que eu posso começar a falar um pouco mais da história e dos personagens. Em RPGs eu diria que isso é algo de extrema importância. É impraticável jogar um RPG que a história não te prende pra saber o que vai acontecer ou que o elenco é desagradável. Afinal, este é um gênero de jogo que é praticamente dependente da história e elenco. Cada um tem uma opinião mas eu poderia dizer que no geral Octopath Traveler fez bonito com o elenco e com a história, ou melhor dizendo com as histórias.





Como o trailer aí diz, temos 8 protagonistas e 8 histórias para seguir. Podemos fazer isso na ordem que quisermos e do jeito que quisermos. Assim que começarmos o jogo pela primeira vez vamos poder escolher um dos 8 para ser o nosso protagonista principal. O personagem escolhido não poderá ser removido da party até que sua história seja concluída mas todos os demais poderão ir e vir normalmente à gosto do jogador. Inclusive o jogo só vai terminar de fato quando você concluir a história do protagonista escolhido no começo do jogo, aí sim você verá os créditos.

Todas as histórias do jogo são divididas em 4 capítulos e se passam no continente de Orsterra, onde habitam vários povos de culturas diversas, temos uma variedade imensa de ambientes, muitas lendas e mistérios do passado e muito o que explorar, não somos obrigados a avançar a história do jogo mesmo visitando um local onde a mesma se dá sequência, isso é um dos fatores que nos dá toda a liberdade pra fazer os eventos no nosso ritmo. Seguindo pela ordem que o jogo apresenta os personagens na hora de começar o jogo vamos ter o seguinte elenco principal.



Ophilia Clemente:
A clériga do jogo que pertence à Ordem da Chama, uma espécie de equivalente à igreja católica no mundo real. Quando criança Ophilia foi adotada pelo arcebispo da catedral da Ordem junto de uma outra garota chamada Lianna. 

Seguindo uma tradição da Ordem, Lianna deveria fazer uma jornada levando consigo a Chama Sagrada de Aelfric o deus que eles veneram para as demais igrejas pra reacender as piras que estavam se apagando. Mas devido ao fato do arcebispo ter ficado doente, Ophilia tomou seu lugar e vai fazer a jornada com a chama. Durante a jornada vamos descobrir que existem pessoas que querem impedir que Ophilia leve a chama por Orsterra, bem como existem pessoas que querem a chama pra si. Eu diria que a história dela é excelente no jogo, senão uma das melhores… adoro uns plot twist kkkkk….


Em termos de gameplay Ophilia é a responsável por curar a galera com magias. A classe dela Cleric é especializada em curas e em magias de luz, além de equipar somente cajados. A Path Ability dela consiste em “Guiar” as pessoas. Com base no LV dela podemos chamar pessoas por Orsterra pra nos acompanhar (exceto crianças e alguns poucos NPCs) e fazemos isso pra cumprir com sidequests ou dar sequência na história dela. Também podemos usar o personagem que chamamos nos combates, com isso eles vem pra luta junto da nossa party pra executar uma ação por alguns turnos, podemos ver qual ação bem como o nível de força do NPC. Cada personagem pode ser chamado em combate por um determinado número de vezes e depois disso ele retornará pra seu lugar de origem e não mais estará nos acompanhando.

Do meu ponto de vista Ophilia é uma personagem ok. Numa primeira impressão podemos assumir que ela cumpre a cota da mocinha curandeira do grupo que tem pouco HP e um monte de MP, mas o jogo aqui se comporta um pouco diferente com esses padrões. Apesar de ser uma personagem com história bastante centrada na parte religiosa do jogo ela tem mais atitude do que outros personagens eu diria.  Um detalhe que eu notei, não sei se é inspiração ou algum tipo de homenagem, mas, o nome Ophilia me remete a personagem Philia Fillis de Tales of Destiny e o sobrenome dela Clemente é o mesmo da Swordian, a espada falante que a personagem de Tales of Destiny utiliza. Uma outra coincidência entre elas é o fato de ambas fazerem parte da organização religiosa mais próxima da igreja católica em seus respectivos jogos.



Cyrus Albright:
Temos aqui o Intelectual do jogo, professor na Academia Real de Atlasdam, Cyrus é amplamente admirado por seus estudantes, em especial pelas jovens nobres da cidade. Mas o que ele tem de inteligente ele tem de lerdo quando o assunto é mais romântico. Sua aventura começa quando ele descobre que um livro muito importante está desaparecido do acervo especial da Biblioteca Real. Ele então larga o trabalho de professor pra ir buscar o tal livro. A princípio… e digamos que até o final… pensamos que Cyrus é apenas um intelectual meio atrapalhado, mas sua história revela alguns bons detalhes sobre o passado de Orsterra. 

Sua classe equivale a um mago negro em Final Fantasy eu poderia dizer, embora não seja exclusividade dele usar magias no jogo, mas a maior parte das magias de ataque estão com ele no começo do jogo. Magias dos elementos fogo, gelo e eletricidade são padrão na sua classe mas o personagem ainda conta com habilidades muito boas como a possibilidade de usar duas magias em sequência. 


Sua Path Ability é a de interrogar os NPCs pra conseguir informações que vão ser usadas para prosseguir no jogo ou então pra fazer sidequests ou encontrar itens escondidos no mapa, suas chances de obter a informação desejada varia muito de pessoa pra pessoa e se falhar um certo número de vezes sua reputação na cidade ficará manchada, com isso você não poderá mais usar sua habilidade de interrogar, mas pra restaurar sua reputação é só pagar ao dono da taverna que ele vai falar bem de você pro povo… eu até iria fazer uma piada, mas deixa pra lá, entendam como quiser kkkkk… Uma outra habilidade única do Cyrus é a de poder detectar um ponto fraco de um inimigo logo ao entrar em combate o que ajuda um bocado pra começar bem as lutas, especialmente contra chefes.

Quando eu comecei a jogar, Cyrus foi o último personagem que eu coloquei na minha party. Não por desinteresse ou algo do tipo foi mais pela ordem doida que eu fui explorando o começo do jogo, mas eu poderia dizer que ele não é mesmo um dos meus personagens favoritos do jogo. Sua história é até boa nos capítulos finais mas chegar lá meio que me deixa com um certo ódio dele… o fato dele ser meio igual ao Tenchi do anime Tenchi Muyo me dá uma raiva… além disso ele tem aquele ar de Chapolin Colorado, onde ele tenta sempre fazer algo bom mas é meio atrapalhado. Talvez o excesso de estudo tenha deixado ele meio abestado kkkkkk



Tressa Colzlone:
A mercadora do jogo é também a personagem mais jovem dos protagonistas do jogo. Natural da cidade portuária de Ripletide, Tressa é filha de comerciantes da cidade, inclusive é dos pais que ela herdou a habilidade de negociar. Mas Tressa sonha com algo maior do que somente dar continuidade no negócio da família. Ela quer ver o mundo, fazer um nome pra si no mundo dos mercadores. E com essa desculpa e um empurrãozinho dos eventos no primeiro capítulo que ela toma a decisão de viajar por Orsterra. Dá pra dizer que Tressa é facilmente a personagem mais feliz do grupo e talvez a segunda mais inocente… embora comerciante, Tressa não passa ninguém pra trás, ela sempre negocia honestamente.

A classe mercador do jogo traz umas boas vantagens, a possibilidade de usar lanças e arcos já é uma delas, além disso temos habilidades com o elemento vento e algumas formas de ganhar mais dinheiro e itens durante os combates. Inclusive ao final dos combates podemos receber um extra na grana caso Tressa esteja na party.


Em termos de Path Ability podemos comprar itens dos diversos NPCs mas precisamos ter grana disponível para isso, existem muitos itens que só podem ser comprados somente com ela. Em combates, Tressa tem a habilidade única de recrutar mercenários, o que faz com que gastemos dinheiro pra chamar alguns caras que vão fazer um ataque. Quanto mais pagamos mais forte será o ataque.

Tressa é uma ótima personagem pra se jogar, inclusive uma boa opção pra começar eu diria. Sua história rende uma boa dose de humor e embora não esteja nas melhores do jogo é divertido de ver como tudo termina. Eu diria que a habilidade dela de comprar os itens dos NPCs só ficaria inútil por um outro detalhe que vou mencionar mais à frente no texto. A base da história dela me faz lembrar do personagem Torneko de Dragon Quest IV, um comerciante que deixa de trabalhar para os outros pra seguir o seu próprio caminho. Talvez seja mais um caso de inspiração.



Olberic Eisenberg:
Se não tiver um guerreiro no jogo eu diria que algo está errado. Olberic está aí pra cumprir esse papel e muito bem. Antes um cavaleiro renomado do reino de Hornburg, conhecido inclusive como A Lâmina Indobrável. Por conta de um golpe de estado, Olberic teve sua terra natal e o rei a quem servia destruídos, depois disso passou a vagar pelo mundo sem propósito até chegar em um pequeno vilarejo nas montanhas. Após alguns eventos nesse vilarejo e ouvir um nome ser mencionado, Olberic decide viajar pelo mundo em busca de respostas.

A classe guerreiro no jogo é obviamente a que foca em força física e tem a melhor defesa, além disso podemos equipar espadas e lanças no personagem. Também contamos com habilidades que atingem vários alvos ou atingem um mesmo oponente várias vezes o que pode ajudar muito pra fazer combos e quebrar as defesas dos inimigos mais rápido.

Sua Path Ability é a de desafiar os NPCs para um duelo (não funciona com alguns NPCs e com crianças) onde vamos lutar contra o NPC em um combate mano a mano. Se vencermos o oponente volta inconsciente no mapa liberando muitas vezes caminhos bloqueados, mas a habilidade como as demais no jogo serve também pra se fazer sidequests e avançar a história do personagem.  A mesma regra de força dos NPCs mostrados pela habilidade da Ophilia se aplica com


Olberic, assim podemos ter uma noção do quão difícil vai ser o desafio de derrotar um NPC. O lado bom é que perder uma luta não vai prejudicar a reputação nem nada, só vamos ter de recuperar HP e pronto. A habilidade única de combate do Olberic permite que ele aumente sua defesa o que ajuda a aguentar os ataques mais fortes dos inimigos.

Guerreiros são sempre a classe mais padrão de RPGs mas eu realmente tomei gosto pelo personagem aqui. Sir Olberic é um dos meus personagens favoritos no jogo. A história dele começa e termina boa. O personagem sempre educado e sério me faz lembrar do Cayenne (Cyan) de Final Fantasy VI que é um dos meus personagens favoritos do referido jogo. Até iria adorar ver o Olberic com uma katana… se bobear é outra inspiração dos criadores de Octopath.



Primrose Azelhart:
A nossa protagonista dançarina do jogo. Primrose comeu o pão que o diabo amassou, nascida em família nobre, ela teve o pai assassinado por uma organização criminosa que não concordava com o senso de justiça dele (qualquer semelhança com o mundo real é mera coincidência). Desde então, Primrose jurou vingança. Agora vivendo como uma prostituta de luxo na cidade de Sunshade… isso mesmo, não venha dizer que ela é só uma dançarina não… ela continua vivendo o inferno na terra até que uma pista dos assassinos aparece. 

Apesar de ser uma dançarina, Primrose não vai atacar os inimigos rebolando não. Ela se equipa de adagas pra fazer o serviço (embora eu iria adorar ver ela usando uns chicotes kkkkk) e suas habilidades variam de mágicas com o elemento trevas e danças que ajudam os aliados aumentando atributos diversos. Jogar somente com ela no começo é um bocado complicado pois ela não tem muitos atributos físicos e o MP não dá em árvores. Leva um tempo pra progredir bem. Vejo muita gente que vai atraído pela história da personagem ter um desafio um pouco maior no começo por causa disso, o jogo não é tão difícil mas fica um pouco mais por essa escolha.


Sua Path Ability é a de atrair as pessoas, com ela podemos fazer praticamente o mesmo que fazemos com Ophilia, fazer NPCs (exceto alguns e crianças) nos seguirem pra onde formos com o intuito de fazer sidequests ou progredir na história da personagem. Também podemos usar os NPCs que nos seguem em combate pra executar algumas ações durante alguns turnos. Tudo funciona exatamente como com a Ophilia. Só que apesar de ser igual no uso, Primrose conta com o mesmo sistema de reputação que Cyrus, se falhamos em convencer um NPC a nos seguir podemos manchar nossa reputação na cidade e aí vamos ter de gastar uma grana com o dono da taverna pra limpar nosso nome (nem sabia que ele fazia bico no Serasa de Orsterra).

Ahhhh Primrose, acho que eu não devo ter sido o único a gostar da personagem desde a demo do jogo… apesar de ter gostado muito dela eu decidi não começar com ela e com isso evitei alguns problemas de começo de jogo que vejo alguns jogadores tendo. Pra mim a história dela no jogo é facilmente uma das melhores mas definitivamente eu esperava mais do final dela, pra mim ficou meio sem sal, parece que faltou algo ali. Deve ser porque a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena kkkkkkk. Não sei se foi só eu mas, a Primrose me faz lembrar da Primm, de Seiken Densetsu 2 (Secret of Mana), acho que é pelo estilo da roupa e coincidentemente o começo do nome… mas fora isso não tem muita coisa que assemelhe as duas de verdade. Deve ser só eu o bobão que fica lembrando de um monte de jogo enquanto joga outro kkkkkkk



Alfyn Greengrass:
Agora chegamos no personagem com a classe mais diferente do jogo eu diria, apotecário, até o nome soa diferente. Mas vamos simplificar logo de cara, os apotecários no mundo de Octopath Traveler são basicamente a mistura de um médico e farmacêutico, eles podem ou não ser itinerantes e sua principal característica dentro do jogo é carregar uma grande bolsa cheia de itens medicinais. Nativo do vilarejo de Clearbrook, Alfyn se tornou um apotecário devido ao fato de ter sua vida salva por um deles quando criança. Depois de salvar a vida do seu amigo de infância e também apotecário Zeph, ele decide partir em uma jornada pra ajudar as pessoas por Orsterra. Tudo isso sem cobrar pelos serviços bem como sem olhar classe social ou situação. Segundo o próprio personagem, foi assim com ele e o misterioso apotecário que o salvou quando ele era criança. Quando eu disse antes no texto que a Tressa poderia ser a segunda personagem mais inocente dos protagonistas é porque o Alfyn pode pegar fácil o título de número um. Ao longo de sua jornada vamos poder constatar isso.


A classe apotecário no jogo mistura um misto legal de força física no caso do Alfyn graças ao fato dele equipar machados como arma e um grande domínio das habilidades de cura. São diversas habilidades ativas e passivas da classe que permitem ao personagem não só curar os mais diversos status quanto também ganhar resistência pra muitos deles e até se regenerar regularmente por um tempo pra recuperar HP.

Fora dos combates Alfyn tem a habilidade semelhante a do Cyrus de interrogar as pessoas para saber informações sobre determinados assuntos e também um pouco sobre a vida de cada um, sim dá pra ler um resumo da vida de praticamente todo NPC em Octopath Traveler usando a habilidade Inquire do Alfyn, e claro, essa habilidade vai sempre nos dar informações pra se fazer sidequests ou então achar itens escondidos e obviamente progredir na história. O lado bom é que com Alfyn não precisamos nos preocupar com a reputação sendo manchada pois não existe a possibilidade de falha no interrogatório, somente somos limitados ao LV do personagem para fazer a ação. Digamos que isso equivale ao doutor perguntando o que estamos sentindo ou como anda nossa saúde. Sua habilidade única de combate é a de misturar ingredientes e criar poções, de longe a melhor parte do personagem. Podemos não só nos curar como também criar buffs pra atributos diversos o que dá uma dinâmica fora de sério para os combates, realmente compensa perder um turno atacando com o Alfyn pra produzir algum tipo de poção. Inclusive ele é o único personagem que com essa habilidade consegue causar alguns status negativos em chefes com grande eficácia.

Quando fui escolher meu personagem pela primeira vez no jogo, olhei pro Alfinho das Garrafada e disse… “Que porra é essa que parece um NPC qualquer?” e passei longe dele, mas acabou por ser o segundo personagem que eu recrutei na party kkkkkk. Eu ainda não curto o visual dele, acho ele meio bobão mas mordi minha língua com a história dele. Começo besta, aquela pegada de vou viajar o mundo fazendo o bem e tal… mas o desenrolar e o final da história dele são sensacionais, o cara tem uma bela evolução sem perder os ideais dele. Eu não falei da parte sonora do jogo ainda então nem falei de vozes, mas no áudio em japonês, que foi minha escolha pro jogo como padrão, a voz dele é feita pelo Tomokazu Seki, o mesmo cara que dá voz pro Stahn Aileron o protagonista de Tales of Destiny, que pra quem jogou o referido jogo vai lembrar que é um personagem meio inocente e ao mesmo tempo bobão, coisa que o Alfyn também compartilha um pouco em sua personalidade… uma ótima escolha na voz eu diria kkkkkkkkkk



Therion:
O que seria de um bom RPG se não tivéssemos um ladrão pra escolher? E um ladrão famoso no mundo do jogo ainda por cima. Não sabemos muito sobre suas origens, tudo que sabemos é que Therion é famoso por toda Orsterra por seus feitos no mundo do crime. Segundo o próprio jogo: “Não há uma família rica que não treme nas bases só de ouvir seu nome ser mencionado”. Embora ninguém tenha visto sua face a ponto de reconhecê-lo nas cenas dos crimes. Therion é o personagem mais sarcástico dos oito protagonistas, sempre com um humor ácido, preferindo ficar sozinho… Nossa aventura com ele vai começar na cidade de Borderfall onde após ouvir rumores que a família mais rica da cidade tem uma mansão altamente guardada, da qual nenhum ladrão escapou com vida após invadir, fez com que ele, e seu orgulho quase nível Vegeta, decidissem por tentar o desafio. Spoiler, deu ruim pra ele… mas agora ele vai ter uma nova missão da qual suas habilidades serão necessárias. Sua história então vai ter muito mais do que entrar e roubar lugares.

Em se tratando de gameplay eu diria que Therion é a melhor escolha inicial, foi inclusive a que eu fiz pra seguir a minha jornada pelo jogo todo. Em combate o ladrão pode equipar tanto adagas quanto espadas o que nos garante uma boa dose de força pra ataques físicos embora não os maiores por motivos óbvios de Olberic. Sua velocidade só perde na base pra Primrose e sua taxa de evasão é a maior do jogo, o que ajuda a evitar ataques fortes quando se está nos LV mais baixos. Fora isso, contamos obviamente com habilidades focadas em roubar, roubar HP e MP dos inimigos, o que nos ajuda com um pouco de cura nos momentos de aperto.


Sua Path Ability é a melhor do jogo, simplesmente roubar itens dos NPCs do jogo, até doce de criança dá pra roubar com ele, tá, é meio errado? É… mas o cara é ladrão pow, se ele não fizer uso de habilidades da sua classe no jogo, pra que ele estaria na equipe? kkkkkk. Enfim, podemos roubar itens diversos de praticamente todo NPC no jogo, são poucos os itens que não podem ser roubados (são pra serem comprados com a Tressa) mas temos um porém, quanto mais raro o item, mais difícil é de roubar ele, vamos ter uma porcentagem de sucesso e obviamente o sistema de reputação que vai nos limitar dependendo da cidade em que estamos. Em combate o comando Steal vai estar lá também nos permitindo roubar itens dos inimigos. Todo inimigo no jogo tem um item pra ser roubado, embora sejam apenas itens de uso em combate ou itens de cura comuns, mas os chefes em sua totalidade, sejam eles opcionais ou não, vão ter aqueles itens de cura raros que só conseguimos achando em baús ou fazendo sidequests, então não se esqueça de usar o comando de roubar nas lutas contra chefes ao menos. E pra finalizar e validar ainda mais o que eu disse sobre o Therion ser a melhor escolha pra se começar o jogo é sua habilidade única de abrir baús e portas trancadas, o cara é ladrão, então só ele consegue burlar as fechaduras e cadeados e geralmente os baús trancados espalhados por Orsterra são os que trazem os melhores itens e equipamentos.

Como eu disse antes, Therion é facilmente a melhor escolha de personagem inicial pra se ter em Octopath Traveler. Embora sua história não seja das melhores, suas vantagens do ponto de gameplay compensam isso e muito. Não que eu não goste da história do personagem, mas não é das melhores entre os oito protagonistas, ao menos eu gosto de ouvir ele sempre sendo sarcástico com alguém só porque ele gosta de ser assim. Eu sempre dou risada que nas 130h que eu gastei pra fazer todas as campanhas principais e as sidequests eu roubei praticamente toda Orsterra. 



H’aanit:
E pra fechar com a lista de personagens jogáveis temos H’aanit a caçadora. Nascida e criada no meio da floresta por um clã de caçadores experientes, ela perdeu os pais ainda bem jovem e tudo o que aprendeu ao longo dos anos foi com seu mestre Z’aanta. Caçadores do clã que ela pertence se destacam por sua habilidade em lidar tanto com animais quanto com monstros, também é comum aos caçadores mais experientes ter um companheiro animal que lhe acompanha em suas jornadas, a própria H’aanit tem sua companheira Linde. Certo dia, os cavaleiros à serviço da igreja da Chama Sagrada vieram em busca de ajuda do mestre dela pra caçar e eliminar uma criatura extremamente perigosa conhecida como Redeye. Um ano depois, após voltar de uma caçada, H’aanit encontra Hägen, o lobo companheiro de seu mestre. Percebendo que algo de errado pode ter acontecido com ele, ela parte em uma jornada para descobrir o que aconteceu e quem sabe, salvar seu mestre que pode ter sido vítima do temível Redeye.

A classe caçadora a qual H’aanit pertence é uma das mais úteis do jogo em combate. Com a possibilidade de equipar arcos e machados temos um bom equilíbrio de força física. As habilidades que vamos aprender com ela também ajudam e muito. Temos desde ataques pra acertar várias vezes um mesmo alvo até ataques que atingem todos os inimigos, além claro de habilidades passivas que nos garantem vantagens excelentes como ganhar um movimento extra ao final de um turno ou então ganhar a iniciativa nos combates. Sua Path Ability é a Provoke que nos permite usar Linde ou outros monstros que podemos capturar pra atacar e derrotar NPCs, mais ou menos como Olberic faz ao pedir um duelo com as pessoas. Porém com H’aanit só podemos usar os monstros pra atacar durante os combates e o sistema de reputação também se faz presente com ela, aqui ao perder uma luta que provocamos vamos manchar nossa reputação na cidade. E claro, sua habilidade única em combate é a de capturar monstros, que funciona mais ou menos como em Pokémon, temos que enfraquecer um inimigo capturável e então usar o comando de captura, com isso vamos ter aquele monstro pra usar em combate, os monstros podem ser chamados um determinado número de vezes pra realizar uma determinada ação e ao acabar com esse número o monstro será solto de volta na natureza. Existe uma quantidade de monstros que podemos levar conosco, não contando a Linde que é de uso ilimitado e sempre nos acompanhará, que ao ser atingida se capturamos outro monstro devemos liberar um que já esteja previamente capturado.


Se eu tivesse que eleger um personagem que parece sério demais, esse título iria facilmente para H’aanit porque ela é aquele tipo de personagem que está sempre focado no objetivo à frente, parece não saber lidar muito bem com sentimentos e com outras pessoas… vi muito protagonista de anime assim heim mas geralmente eram homens. Confesso que não gosto muito de sua história no jogo, diria que é a mais sem graça de todas em muitos pontos mas não diria que é ruim. Já tive o desprazer de jogar alguns RPGs que a história inteira desanima mais que uma só campanha aqui. Mas em termos de gameplay sempre gostei de ter a personagem na formação, as habilidades dela ajudam e muito nos combates, só não curto muito o sistema de provocar os NPCs, fica melhor usar o Olberic se é pra botar alguém no chão pois temos um controle maior sobre ele do que sobre os monstros que usamos com H’aanit. 


E esse é o elenco principal do jogo, eu pessoalmente gostei da mistura, embora não ache todos os personagens legais de verdade é interessante como todo mundo aqui é protagonista e cada um tem a sua história pra seguir. Isso me faz lembrar muito da franquia SaGa, também da Square Enix, que sempre teve um elenco bem vasto pra se escolher e uma história pra seguir com cada personagem, embora lá muitas vezes o foco é chegar num final comum com todos, diferente daqui que cada um tem sua própria jornada.

Talvez você esteja se perguntando se as oito histórias tem ligação entre si dentro do jogo… bem… tem sim, mais do que podemos ver de início e mais do que esperávamos até. Mas pra descobrir essas ligações vai depender do quanto você está disposto a explorar e conhecer Orsterra. Eu não vou dizer como fazer isso, afinal o jogo te dá a liberdade de jogar do seu jeito e na ordem que você achar melhor para cumprir os eventos.

Um detalhe que me passou despercebido durante as 130 horas que eu gastei jogando esse jogo e que eu fui descobrir num canal de humor do YT é que o nome dos 8 protagonistas na ordem que o jogo coloca eles na tela de título e na hora de escolher um deles no começo do jogo formam a palavra OCTOPATH com as iniciais. Olha só…


  • Ophilia

  • Cyrus

  • Tressa

  • Olberic

  • Primrose

  • Alfyn

  • Therion

  • H’aanit


Eu me senti meio besta (mais do que já sou kkkkk) ao ter notado isso tanto tempo depois de ter jogado, mas faz parte né? Não se pode notar tudo em todo o tempo… Mas vamos adiante. Agora que eu falei dos personagens, acho que podemos finalmente focar na jogabilidade.


Se você foi paciente o bastante pra ler isso até aqui, com certeza já joga RPG faz um tempinho, então acredito que controles, funções básicas e afins que em Octopath Traveler são praticamente o mesmo que você encontraria na grande maioria dos RPGs clássicos e até em alguns modernos. O que eu quero destacar na jogabilidade e falar um pouco mais é no que o jogo tem como elementos principais, sejam eles originais do jogo ou baseados em algo que já vimos em outros títulos que saíram antes. Também vale mencionar que vamos reclamar um cadinho de coisas que o jogo deixa a desejar, pontos negativos existem até em jogos que gostamos.


NOTA: O fato do jogo não ter o idioma português brasileiro como opção não é um ponto negativo. Não há motivos para criticar o jogo por isso. Ele não ficou ruim só porque você não entende outro idioma. MAS, quero deixar bem claro que isso é uma mancada grande sim, a Square Enix poderia simplesmente atualizar o jogo, disponibilizar o suporte para o idioma de forma oficial e garantir uma experiência melhor pra quem não tem conhecimento de língua estrangeira. Felizmente na versão de PC comprada na Steam os fãs deram um jeitinho com um mod que adiciona o idioma para o jogo… aí Square sua infeliz, pega o texto dos caras e bota no jogo pra ajudar kkkkkk


Podemos ir pelo caminho que quisermos.

Agora vamos lá. A primeira coisa que eu amo destacar nesse jogo é, o fato de termos total liberdade pra seguir o caminho que quisermos, do jeito que quisermos e na ordem que quisermos. RPGs lineares não são necessariamente ruins, mas o fato de aqui ser possível visitar locais sem iniciar um evento canônico é uma das melhores coisas. Fazer grinding em alguns locais fica muito mais fácil assim, só é chato se tomarmos uma surra dos monstros no local porque o Danger Level é mais alto que o esperado. Mas se tivesse que listar uma mancada desse tipo de liberdade no jogo é o fato de volta e meia eu sem querer fazer uma sidequest que eu nem comecei, por exemplo, no jogo temos itens que são usados pra fazer eventos acontecerem, esses itens geralmente serão usados automaticamente no momento que forem solicitados.
Sidequests fazem parte do jogo

Acidentalmente se eu tiver comprado algum deles ou roubado de alguém ou pego em uma dungeon qualquer, quando eu falar com algum NPC que iria me dar uma sidequest o jogo vai me dar a recompensa e o NPC já estará me agradecendo sendo que eu nem sei exatamente o que estava acontecendo. Só não vamos ficar totalmente sem contexto no jogo porque temos um log dentro do menu principal onde podemos ver o que acontece tanto nas campanhas principais quanto nas sidequests.

E como eu falei em Danger Level um pouco antes, esse é outro fator que ao mesmo tempo que ajuda, te impedindo de tomar umas boas surras, é um dos fatores que eu acho meio sem graça, se o Danger Level de uma região do mapa ou de uma dungeon for maior que o seu Level com os personagens, o desafio vai ser alto ou até impossível em alguns casos. Isso meio que te coloca na linha te avisando que entrar aí vai ser ruim ou não. Acho que se essa informação não existisse no jogo seria mais legal o fator surpresa e faria o jogador pensar um pouco mais por si só. 



Um ponto legal do jogo pra mim são os NPCs. Na grande maioria dos RPGs sempre temos que conviver com aquela coisa, um NPC na porta de entrada da cidade te dando as boas vindas, um que fala coisas inúteis, um ou outro que te dá dicas de como jogar o jogo, servindo de tutoriais ambulantes. Aqui no jogo até temos alguns desses mas a grande maioria dos NPCs do jogo parecem ter mais significado. Como no jogo não temos aquela pegada de, o mundo vai acabar, os monstros estão dominando tudo, e coisas comuns de outros RPGs, sempre acabamos por ouvir algumas histórias legais de pessoas que querem contar sobre seus passados, a história de onde vivem, um pouco de experiência de vida e obviamente aqueles que capricham no diálogo inútil, afinal, que RPG seria Octopath Traveler se não tivéssemos um tiozinho na taverna pedindo mais bebida?


O destaque legal dessa interação mais criativa com NPCs vai mesmo parar nas sidequests do jogo. Muitas vezes nem precisamos sair para buscar um item raro de um monstro super forte numa caverna dentro de um vulcão para salvar a vila da fúria de um deus antes que sacrifiquem uma virgem. Aqui podemos simplesmente responder as dúvidas de um cara que está preocupado porque o nível do rio que faz fronteira com a cidade está subindo, ou então podemos ajudar um padeiro a melhorar os negócios aprendendo uma receita tradicional e repassando para ele. E nisso as Path Abilities que cada personagem tem se tornam indispensáveis. Me impressiona a quantidade de informações que cada NPC pode fornecer conversando com eles com o Alfyn ou com o Cyrus, os criadores fizeram até mais que o necessário eu diria. Mas eu gosto, a ideia de criar um mundo num jogo e dar mais contexto para ele, dar um passado melhor contado e expandir essa lore toda durante o jogo ao invés de somente focar numa trama principal é algo que eu gosto de ver.


Mas se ao mesmo tempo é legal termos tanta interação interessante pra fazer com os NPCs, é um pecado grande o pouco que temos entre os personagens principais entre si. O jogo claramente finge que os personagens não existem durante os eventos da história de algum personagem. Tudo bem, eu sei que é mais difícil programar cada personagem pra dizer algo ou interferir em eventos que não tem ligação com ele de alguma forma, mas Chrono Cross por exemplo, tem diálogos genéricos usados pra esses momentos, onde um personagem qualquer que não tem real ligação com o evento ocorrendo pode interagir com um ou outro diálogo no momento. O máximo que o jogo nos deu foi alguns diálogos possíveis de serem acionados ao se pressionar START caso a notificação seja exibida na tela. Nesses diálogos é possível ver alguma interação entre os personagens num estilo bem parecido com o que a franquia Tales of utiliza, só que aqui muito mais simples e muito mas muito limitado se comparado com o que cada Tales of desde o Destiny no PSX faz.

Só que pra ver esses diálogos entre personagens temos alguns probleminhas pra se considerar, embora o jogo tenha oito personagens pra controlarmos, somente quatro deles ficam em nosso grupo, pra trocarmos entre membros que estão na reserva temos que visitar uma taverna, inclusive é nas tavernas que também podemos iniciar um evento da história de cada personagem desde que ele esteja no lugar onde esse evento deve acontecer e esteja na party. Geralmente os diálogos entre personagens dependem de momentos específicos na história que estamos seguindo e de quem está na equipe então pra ver todas as interações temos que, sempre que algum progresso for feito numa história, ir na taverna e trocar os membros do grupo principal pra ver se a notificação pra apertar START vai aparecer e assim podermos ver esse diálogo.


E com isso eu coloco mais dois defeitos do jogo, a limitação dos diálogos entre personagens que poderia ser corrigida simplesmente modificando a ideia de ter os personagens na equipe pra simplesmente visitar a taverna ou uma estalagem pra dormir e ver os diálogos livremente, ou então fazer como em Tales of que era só apertar o botão indicado e as coisas aconteciam, em Octopath Traveler é até mais fácil já que ao contrário dos jogos da Bandai Namco não temos nem vozes pra cada interação. O segundo defeito entra facilmente na forma com que gerenciamos os personagens. Ter que visitar a taverna pra fazer a troca o tempo todo é chato, nem Dragon Quest que meio que foi o criador dessa mecânica de grupo sendo trocado em tavernas se manteve com isso e adicionou a famosa carroça pra carregar a galera que não tá lutando. Se todos os personagens são viajantes como o título do jogo sugere, deveríamos ter todos andando juntos mesmo que não lutando os oito de uma vez. Era só botar a opção no menu e todo mundo ficaria feliz. Nem precisava permitir a troca em combate como Dragon Quest desde a criação da carroça fez ou como Breath of Fire IV e Final Fantasy X fazem maravilhosamente bem, mas se tivesse isso seria ainda melhor.

Batalha bem a cara de jogos clássicos mas com um visual lindo


E por falar em batalhas, isso é um fator importante na grande maioria dos RPGs né? Acredito que se um jogo não tem um sistema de combates muito agradável, há grandes chances dele ser odiado. Existem vários jogos que eu joguei ao longo dos anos que tem uma ou outra peculiaridade que me faz ter um certo desgosto do sistema de combate, mas se eu tivesse que definir um sistema que eu detesto de verdade é aquele onde mal damos ordens e os personagens ficam lá na tela se quebrando na porrada enquanto assistimos, não ter controle ao menos do protagonista me desanima a jogar um jogo heim… eu poderia até fazer uma lista de jogos que eu peguei raiva dessa mania de automatizar os combates mas o que importa é Octopath Traveler e aqui felizmente não temos esse sistema de combates. Aqui o negócio é pelo menos pra mim de uma das melhores formas quando se tem combate em turnos.

No topo da tela tem uma barra que indica a ordem de ação, nela temos os nossos personagens e os inimigos e ela vai indicar a ordem de ação do turno atual e do turno seguinte, só que ao contrário de um Dragon Quest por exemplo, onde escolhemos todos os comandos que cada personagem vai fazer e depois vemos o turno se desenrolar, aqui é confirmar o que fazer e o personagem executa, dando a vez pra quem estiver na fila, seja inimigo ou aliado. O lado bom disso é que, se formos rápidos o combate termina rápido e podemos inclusive impedir que os inimigos tenham chance de fazer algo, mas se eles forem mais rápidos já sabe né? Prepare seu couro e depois uns itens de cura, dependendo do que você está enfrentando vai levar uma surra de leve ou um belo Game Over kkkkk

Só que Octopath Traveler adiciona algo muito bom pra essa ideia, uma que nos dá uma boa vantagem se bem aproveitada, o sistema de BREAK e BOOST.



BREAK
é no caso o sistema de quebrar a defesa do inimigo deixando ele inutilizado no turno seguinte. Todo inimigo do jogo tem um símbolo de escudo acompanhando de um número e ao lado indicadores com interrogações. Essas interrogações são os pontos fracos de cada um, os tipos de armas que o jogo oferece ou os elementos das magias e ataques elementais são mostrados quando descobrimos um ponto fraco e se usamos eles na quantidade de vezes mostrada no escudo a defesa do inimigo é quebrada e ele ficará tonto no turno seguinte. Isso é simplesmente uma mão na roda e é uma das melhores coisas no sistema de combates do jogo. Tu quebra um inimigo e pronto, arrebenta com ele tanto no turno atual se ele não tinha feito algo antes de você quanto no turno seguinte onde ele vai tomar aquela surra. Vale mencionar que, ataques que dão mais de um acerto atingem o ponto fraco mais de uma vez e facilitam quebrar a defesa.de um inimigo que precise de mais ataques para isso, também é legal saber que podemos quebrar vários inimigos de uma vez caso a defesa deles seja a mesma e eles tenham um ponto fraco em comum. E pra nossa alegria não temos o mesmo sistema para os personagens… até porque quando o inimigo é um infeliz de um chefe opcional com ataques duplos ou triplos num turno só ele nem precisa disso kkkkkkkkkkkkkk



BOOST é o sistema que permite aos nossos personagens dar um upgrade nos ataques durante um turno. Por padrão todo ataque dos personagens que pode receber um boost está no nível 1 e pode ser estendido com ajuda do boost para o nível 4. Quando entramos num combate começamos com um ponto de boost que é mostrado acima do HP dos personagens, se passamos um turno sem utilizar a função de boost recebemos mais um ponto, podendo acumular até cinco pontos. Para utilizar o boost devemos pressionar o botão R para aumentar os pontos ou L para reduzir antes de selecionarmos um ataque.

Quando fazemos uso do boost o ataque normal de cada personagem ganha um hit a mais, quanto mais pontos mais vezes o personagem vai bater no alvo selecionado, com o máximo obviamente sendo 4 ataques consecutivos, e embora a taxa de acerto seja ampliada quanto mais pontos de boost são utilizados, um inimigo com altas taxas de evasão ainda poderá escapar de um ataque normal. Para habilidades que dependem de porcentagem de sucesso como roubar com o Therion ou capturar um monstro com a H’aanit as chances de uma ação bem executada aumentam com o boost mesmo sem termos enfraquecido o monstro antes, é até possível executar a ação com o inimigo em 100% do HP com um boost de nível 4. Nas habilidades especiais depende muito do tipo de habilidade, algumas magias por exemplo vão dar um ou mais hits extras, habilidades que já causam mais de um acerto vão acertar mais ainda e pra cada classe que o personagem tem existe uma habilidade suprema, essa só pode ser utilizada no nível 4 de boost. O boost é uma ótima forma de acelerar ou ajudar em um combate, sabendo usar os pontos nos momentos certos pode não só lhe garantir uma vitória fácil mas também obter itens, dinheiro extra com a Tressa, ou capturar um monstro forte pra usar depois com a H’aanit. Tendo o Alfyn na party tudo fica ainda mais absurdo, dentre as misturas que ele pode fazer com sua habilidade única temos umas que aumentam os pontos de boost sem precisar esperar os turnos, dá pra dar uma bela surra nos chefes… vai vendo, quebra a defesa deles e depois descarrega um monte de ataques fortes com boost neles. Os inimigos até tem uma espécie de boost mas não são todos os comuns, já os chefes tem e volta e meia usam ou pra aumentar os pontos do escudo ou pra bloquear algum ponto fraco e te impedir de quebrar a referida defesa, ou então eles vão te meter um ataque triplo em todo mundo e te mandar de volta pro último save porque sim kkkkkkk

Um detalhe sobre o boost é que quando ativamos ele podemos ver uma aura representando o aumento de poder do personagem, cada nível tem uma cor específica, sendo vermelho pro nível dois, amarelo pro nível três e azul no nível quatro que é o mais forte. E lá vou eu mais uma vez fazer comparações com outros lugares, mas, será que Dragon Ball não foi uma das inspirações aqui? Veja bem, o primeiro boost de poder que o Goku ganha e exibe uma aura vermelha é o Kaioken… depois ele ganha outro boost na história com o Super Saiyajin e aura fica que cor? Amarela né? E por fim agora em Dragon Ball Super temos o que? Super Saiyajin Blue, que tem uma aura na cor azul… seria apenas coincidência?


Apesar de ter todas essas paradas pra usar nos combates eu diria que Octopath Traveler não tem combates enrolados, dá pra fechar algumas lutas com um turno ou dois, se você faz aquele grinding básico e mantém os equipamentos dos personagens razoavelmente atualizados não há porque sentir dificuldades com inimigos normais desde que se tenha em mente que você está dentro da média do Danger Level do local visitado, senão é surra mesmo. Chefes costumam ter batalhas mais longas, nos da história é por termos diálogos durante os combates para acrescentar ao contexto, no caso dos chefes opcionais é mais pelo desafio ser maior mesmo, tem alguns chefes que pegam pesado de verdade com você, rapaz, tem uns que só de lembrar já sobe aquele ódio lá do fundo da alma… dói mais ainda quando vemos no Youtube um vídeo qualquer de um doido matando o infeliz que tu sofreu em 3 ou 4 turnos kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas vai por mim, nem de longe o jogo é difícil de verdade, embora uns chefes aqui e ali ou algum monstro vai te dar um trabalhinho que um grind e uma repensada na estratégia ou na party vai resolver. Só fica a dica, se ver um gato, não perdoe, descarregue sua raiva nele, vai por mim… bata no gato sem dó kkkkkkk


Mapa de Orsterra

Se não pensamos em combates, o que sobra da jogabilidade para lembrarmos? Ah! O sistema de classes, algo que não é nem de longe novidade de Octopath Traveler mas que na grande maioria dos jogos em que se faz presente nos dá um fator legal de customização.

Chame de Classe ou de Job ou do que você quiser, mas aqui todo personagem tem uma classe primária que são as que eu falei quando estava falando sobre eles. Quando avançamos na caminhada por Orsterra encontramos a possibilidade de ter uma classe secundária para todos os personagens, isso nos dá diversas vantagens, desde a possibilidade de equipar mais tipos de armas no personagem e ganhar alguns atributos extras até a de aprender habilidades ativas que serão usadas quando a referida classe secundária estiver ativa no personagem e as habilidades passivas que podemos equipar indiferente da classe e são uma grande vantagem se fizermos as combinações certas.


Ao final de cada combate, além de recebermos XP e Gold, ou melhor, Leaves, que é o nome da moeda corrente em Orsterra, também recebemos JP ou como o jogo se refere, Job Points. Com esses pontos podemos desbloquear as habilidades ativas das classes primárias e secundárias de um personagem por uma certa quantidade solicitada e à medida que aprendemos novas habilidades ativas vamos também liberando as habilidades passivas das classes. E por fim aprendemos a Divine Skill de cada classe que é a habilidade mais forte de cada uma delas, essas requerem boost no nível 4 para serem usadas e seus nomes fazem referência ao deus patrono da classe. No total o jogo oferece 12 classes diferentes para se ter como secundária, sendo 8 as originais dos protagonistas e 4 especiais que combinam habilidades das 8 iniciais e adicionam algumas vantagens. Para conseguir uma nova classe basta encontrar o santuário dedicado à cada uma em Orsterra mas para as 4 classes especiais ou extras haverá um belo de um desafio pra poder usá-las.

Eu até falei um cadinho de cada classe quando eu falei dos personagens mas não custa nada falar um pouco mais agora né? Então:


  • Cleric: A classe inicial da Ophilia e tem como deus guardião Aelfric que é inclusive a divindade mais poderosa e que fornece a Chama sagrada que a religião da personagem venera no jogo. Além de magias de cura, temos magias de ataque com o elemento luz e podemos equipar cajados. Podemos ver essa classe mais ou menos como os White Mages de Final Fantasy. A Divine Skill da classe Aelfric’s Auspices permite que um personagem previamente escolhido use uma habilidade duas vezes seguidas por 3 turnos desde que não seja outra Divine Skill.

    Personagens com a classe Cleric, Primrose com a roupa mais comportada possível

  • Scholar: Classe inicial do Cyrus, como patrono tem o deus Alephan. Aqui vamos ter um aproximado do Black Mage em Final Fantasy. É a classe que usa por padrão a maior quantidade de magias de ataque elementais sendo estas inclusive dos elementos fogo, gelo e eletricidade como é comum nas magias iniciais em FF. Além das magias temos uma habilidade muito útil para revelar HP e uma fraqueza do inimigo. Como arma temos novamente apenas os cajados e em termos de Divine Skill contamos com Alephan’s Enlightment que permite usarmos uma magia que atinge vários alvos em um só por 3 turnos para causar um dano elevado.

    Será que todo mundo aí estudou?

  • Merchant: O mercador é a classe inicial da Tressa e tem como patrono o deus Bifelgan que é o deus do dinheiro (bora rezar pra ele hein pra ver se o salário dura até o fim do mês ou ganhamos aumento kkkkk). Classe bastante diversificada, tem magias de vento, tem habilidades que permitem coletar grana de monstros (no estilo roubar com o Therion), dá pra doar BP pra um aliado até dar uma recuperada em si mesmo de leve. Outra ótima vantagem da classe é poder equipar dois tipos de armas, lanças e arcos. Na Divine Skill Bilfegan’s Bounty temos um ataque poderoso que nos dá o dano causado em dinheiro. Tô dizendo que rezar pra ele deve render mais no bolso kkkkkk

    Acho que não é uma boa ideia deixar o Therion cuidar do caixa heim...

  • Warrior: A classe que está em praticamente todo RPG com ou sem sistema de classes aqui é inicialmente a classe do Olberic e seu deus patrono é Brand. Como já se espera, força física e defesa física são os atributos mais beneficiados nessa classe, as habilidades consistem em ataques físicos sem nenhuma afinidade elemental. Vamos ter golpes que atingem todos os alvos com a espada, ataques que atingem um único alvo várias vezes com uma lança, habilidades que nos permitem aumentar ataque e defesa ou então nos tornarmos um escudo humano pra nossos aliados. E como já deu pra perceber, podemos equipar espadas e lanças no nosso personagem que podemos dizer que são dois dos tipos de armas no jogo com maiores forças físicas. A Divine Skill da classe é a Brand’s Thunder que consiste em um único ataque com espada que causa dano muito elevado, muito mesmo, nem precisa ser com o próprio Olberic, o melhor uso inclusive, é quando temos um inimigo ou chefe poderoso com a defesa quebrada, usar esse ataque neles vai causar dano crítico com gosto.

    Guerreiro veste azul e guerreira veste... azul também...

  • Dancer: Classe inicial da Primrose e abençoada pela deusa Sealticge é a classe que mais dá suporte com habilidades do que ataca de fato, inclusive o motivo que faz Primrose não ser uma boa opção inicial no jogo. Apesar de ter a capacidade de usar magias com o elemento trevas, o foco da classe é em aumentar atributos dos aliados com suas habilidades, inclusive pra fornecer essa ajuda (que ajuda e muito) as habilidades passivas dessa classe focam muito em manter o usuário vivo e até regenerando SP. Como armas equipáveis vamos ter somente as adagas que não são o maior exemplo de força física mas ao menos temos uma boa variedade delas que causam status ruins nos inimigos pra compensar. A Divine Skill da classe Sealticge 's Seduction permite ao personagem selecionado usar habilidades que atingem um único alvo em todos os alvos por 3 turnos. Algo que é muito útil quando temos muitos inimigos pra quebrar a defesa de uma vez por exemplo ou então curar a party toda, ou reviver todos de uma vez com o Alfyn por exemplo.

    A classe com menos roupas possíveis, nem a Ophilia escapou...

  • Apothecary: Alfinho dos Remédios começa aqui kkkkk, mas não se deixe enganar, é uma excelente classe secundária. Com Dohter como deus patrono, a classe que vive de fazer misturas medicinais não faz misturas medicinais exceto com o Alfyn. Mas suas habilidades são boas, muito boas, já começa que temos magia de cura, magia pra curar status negativos que ainda nos dá imunidade por turnos extras contra os mesmos status, magia pra reviver aliado caído… além de magia de gelo vamos ter poderosos ataques com machado, que é inclusive a arma equipável com a classe. Sua Divine Skill Dohter’s Charity também é muito útil, por 3 turnos o personagem que recebe o efeito vai poder usar itens de uso em um único alvo em todos, fica bem mais fácil aumentar BP ou reviver a galera assim numa luta difícil.

    Nem todo mundo faz garrafada mas a machadada vem pra todos

  • Thief: Onde a bandidagem tem vez e até um deus próprio, Aeber, que deve ser para quem os políticos do nosso país rezam toda noite né? Enfim, de volta ao jogo, obviamente a classe inicial do Therion, vamos ter aqui a habilidade de roubar não só itens, mas também HP e SP dos inimigos e ainda algumas habilidades pra reduzir atributos dos alvos e uma magia de fogo. Como equipamentos vamos contar com as já mencionadas adagas e espadas, inclusive é a única classe padrão do jogo que pode utilizar espadas além do guerreiro. Como Divine Skill temos Aeber’s Reckoning que ataca todos os alvos com uma adaga e causa dano proporcional ao atributo velocidade do personagem, excelente pra usar com a Primrose que é rápida por natureza.

    Formação de quadrilha

  • Hunter: Classe inicial da H’aanit e protegida pela deusa Draefendi aqui temos uma das melhores classes iniciais do jogo eu diria. Suas habilidades são ótimas pra atingir todos os inimigos o que ajuda muito, podemos inclusive contar com muitas chances de dano crítico nos ataques de um hunter. A magia elétrica ali no meio pode ser a habilidade mais inútil eu diria kkkkk, mas em termos de habilidades passivas temos algumas muito boas, podemos aumentar a chance de termos a iniciativa nos combates, podemos ganhar um ataque normal duplo sem consumir BT e talvez a melhor das habilidades passivas da classe, poder fazer uma jogada extra num turno as vezes, isso é fenomenal se estiver equipado num personagem que faz a vez de healer ou então naquele momento que falta 1 pontinho pra quebrar a defesa de um chefe infeliz… de quebra ainda contamos com a possibilidade de equipar arcos e machados o que aumenta o arsenal de um personagem com a classe primária que só usa uma arma. Sua Divine Skill Draefendi’s Rage usa um ataque de arco poderoso que atinge todos os alvos.

    Tressa tem a melhor roupa kkkkkk


Com as classes comuns do jogo já temos uma boa possibilidade de customizar os personagens e dar uma dinâmica melhor de progressão pra cada um, melhor do que usar habilidades ativas é aprender as passivas, as possibilidades são imensas se pensar bem no que combinar e com quem. Mas nem só de classes básicas o jogo vive, além das 8 temos mais 4 né? Essas classes não começam com nenhum personagem e são facilmente as mais poderosas do jogo, trazendo habilidades e possibilidades além do padrão das 8 normais. Só vamos ter acesso à elas nas áreas mais distantes de Orsterra onde o Danger Level é mais alto e pra conquistarmos o direito de usá-las vamos ter de tomar umas surras, não, pera… lutar contra os deuses que apadrinham essas classes. As quatro classes são:


  • Starseer: Apadrinhada pela deusa Steorra, que vai te dar a menor das surras dos deuses que enfrentamos, mas pode ter certeza que você vai ver estrelas kkkkkk. Além de nos permitir equipar lanças e adagas, essa classe é amplamente focada em manipular atributos, com um grande foco em BP inclusive. Além de uma única magia que causa dano de vento, luz e sombras ao mesmo tempo, o restante das habilidades ativas dessa classe vão focar em nos permitir ganhar mais BP por turno, aumentar as chances de dano crítico ou contra ataque, vamos poder também regenerar HP por um tempo e até inutilizar inimigos impedindo os mesmos de aumentar os próprios atributos, habilidade muito útil em chefes que entram no combate metendo o louco nos buffs. Sua Divine Skill, Steorra’s Prophecy causa dano elemental proporcional ao BP de toda a party, o que explica o grande foco em aumentar o BP do grupo todo.

    Todo mundo arrumado pra ver estrelas

  • Runelord: Depois de enfrentarmos o desafio do deus Balogar vamos ganhar essa classe. Focada em adicionar poderes elementais nas armas, essa classe nos dá a possibilidade de após um ataque ou habilidade que se vale de dano físico, realizar um ataque elemental de acordo com a runa usada previamente. Embora a classe nos dê a possibilidade de equipar espadas e machados, qualquer arma equipável pelo personagem que estiver usando a classe vai se valer do atributo elemental que a runa usada vai nos trazer. Eu diria que essa classe cai super bem com o Olberic, afinal ele já causa um dano elevado por natureza, somado com um ataque elemental em sequência podemos causar ainda mais estrago. Mas nem só de ajudar o personagem que equipa a classe vamos viver aqui, também podemos transferir esse poder de ataques elementais para o resto da party pelo mesmo período em que estivermos com ela ativada em nós mesmos e sua Divine Skill Balogar’s Blade consiste em um ataque que causa dano de todos os seis elementos em um único alvo.

    Uma pena não termos ilustrações dos personagens com classes trocadas

  • Warmaster: Prepare o seu couro porque o deus Winnehild vai te mostrar na prática o quanto essa classe é boa. Equipando essa classe nos tornaremos tão bons na guerra quanto o menino Cleiton… piada infeliz… mas quem entendeu, entendeu… enfim, com essa classe nosso foco vai passar a ser puramente em dano físico e uso de armas, tanto que podemos equipar todos os seis tipos de armas que o jogo oferece e todas as habilidades da classe consistem em ataques poderosos com cada uma delas, variando na quantidade de hits ou nos alvos mas sempre causando altos danos. E não para por aí não, vamos ter ótimas habilidades passivas também, em destaque uma que aumenta a quantidade de XP obtida ao final dos combates pra todos os personagens, excelente pra fazer aquele grinding maroto e uma habilidade que aumenta os danos causados por nossos ataques quanto menos HP tivermos, que nos salva no momento de desespero. Sua Divine Skill Winnehild’s Battle Cry usa todas as armas pra dar um ataque com cada uma de uma vez, conseguimos facilmente derrubar até alguns chefes se usarmos essa habilidade no momento certo.

    Me pergunto onde será que eles guardam tanta arma

  • Sorcerer: Depois de enfrentar o deus Dreisang vamos ganhar essa classe, que obviamente é focada em magia. E embora os cajados sejam comuns nos magos do jogo, vamos ganhar o arco para equipar também, mas como eu disse o foco é magia, o que vamos poder usar com gosto. Essa classe possui magia com cada um dos seis elementos do jogo e todas elas atingem todos os alvos com 3 hits, dá pra quebrar muita defesa com isso ou então causar danos elevados em inimigos já quebrados. Também vamos ter uma única habilidade física que serve não só pra causar dano mas também pra baixar a defesa elemental do alvo. A classe em sí é ótima pra usar em conjunto com personagens como a Primrose e a Ophilia que são ambas personagens dotadas de ataque elemental alto por natureza. Sua Divine Skill Dreisang’s Spell dá ao personagem escolhido a possibilidade de causar dano crítico com qualquer ataque elemental por 3 turnos, o que claramente fica ótimo com as magias dessa mesma classe que vão causar não apenas um mas 3 danos críticos com uma única magia em todos os alvos.

    Não é tecnologia... é magia...


Pra fechar de vez com esse papo de classes secundárias, a melhor dica que eu dou é testar cada classe e combinação possível para ver o que melhor lhe agrada. Dá para criar verdadeiras máquinas de matar com os personagens se combinarmos não só as classes mas também as habilidades passivas certas. Fora que, como todas as classes secundárias podem ser trocadas facilmente no menu, podemos sempre mudar a estratégia de acordo com a situação.



Agora chega. Chega de falar de jogabilidade um pouquinho e vamos falar de barulho, mais precisamente aquele que o jogo faz enquanto jogamos ele. Nos jogos antigos, a trilha sonora tinha um papel muito mais importante do que hoje em dia. Não que ela tenha perdido o seu valor ou ficado menos relevante, é que com as possibilidades que os jogos de hoje oferecem, podemos ter uma experiência sonora muito mais rica do que um cartucho ou mesmo um CD ali dos anos 90 era capaz de oferecer. Jogos hoje em dia, graças à vasta expansão do tamanho das mídias de armazenamento, conseguem entregar muito mais do que a trilha sonora. Contamos com vozes, sons ambientes, efeitos sonoros… some isso com gráficos mais avançados do que os dos consoles antigos e você percebe o quanto os jogos de hoje não dependem tanto da trilha sonora como antes.


As músicas que ouvíamos num RPG antigo eram muito importantes, enquanto só tínhamos texto pra ler, ou no máximo um diálogo importante falado, era aquela música bem elaborada que tocava ao fundo que ajudava e muito a dar o clima pra cena, já que dependendo do jogo, os personagens mal contavam com expressões faciais pra representar emoções. E apesar de ser um jogo novo (não tanto hoje em dia), Octopath Traveler carrega muito mais elementos de um RPG oldschool do que da imensa maioria dos jogos lançados no mesmo ano que ele ou até alguns anos antes. O jogo conta com diálogos importantes falados, não só os personagens principais mas também os mais importantes em eventos de destaque tem vozes pra si, bem como nos combates os nossos personagens falam nomes de ataques, gritam quando tomam dano, comemoram no final do combate.

Em termos de vozes o jogo vai te oferecer duas opções, ou vozes originais em japonês visto que o jogo veio da terra do sol nascente, ou a dublagem em inglês. Aí vai mais pela questão de preferência do jogador. Eu pessoalmente prefiro as vozes japonesas, pois além de entender o idioma, acho que os dubladores em geral por lá fazem um trabalho melhor quando se trata de dar emoção pra cenas diversas, não só em Octopath Traveler mas em obras de origem japonesa num geral. Não que as vozes ocidentais em Octopath Traveler sejam ruins, existem jogos com dublagens abismais mas aqui não é o caso. Não sou muito ligado nas dublagens em inglês de jogos mas ao menos conheço um pouco da mulher que dá voz pra Ophilia porque ela dá voz pra Shantae, personagem de jogos muito bons inclusive. Confesso que gostaria de ver o jogo dublado em nosso idioma, usando claro, de nomes grandes da dublagem nacional, sei que temos dublagem muito boa no Brasil e gostaria de ver como ficaria, embora não fosse jogar o jogo assim por minhas preferências.

Mas o que eu gosto mesmo em Octopath Traveler é da trilha sonora, pegando firme na vibe RPG clássico quando o assunto é trilha sonora. As músicas desse jogo me remetem facilmente aos bons RPGs do Playstation, não diria do Super Nintendo ou Mega Drive porque tem elementos nas trilhas sonoras ali nos 16 bits que são mais únicos deles por conta da arquitetura dos consoles, mas se tem algo que eu não reclamo nesse jogo é a trilha sonora, o compositor, Yasunori Nishiki fez um trabalho tão bom quanto os grandes nomes quando o assunto é música em RPG. Da tela de título até o The End te garanto que cada música vai ser bem apreciada.

Os temas de batalha que são mais de um tanto nos combates comuns quanto nos chefes, tem uma vibe que me lembra da franquia SaGa da Square Enix, algo muito bom, porque o Kenji Ito, principal responsável pelas músicas lá capricha também. Outras músicas no jogo me fazem lembrar um pouco dos Wild Arms e do belo trabalho da Michiko Naruke, embora não tenham o estilo Wild West comum na franquia da Sony. Também temos aquela sensação de estar jogando um Final Fantasy nos anos de composição do Nobuo Uematsu, o que pra mim só melhora a coisa toda. Eu não conhecia diretamente trabalhos do Yasunori Nishiki, mas fiquei fã dele por causa do que ele fez aqui, tanto que já coloco ele ao lado de grandes compositores de jogos como os que eu citei acima mesmo ele não tendo uma carreira tão longa quanto a deles.

Nem precisa dizer que a trilha sonora do jogo é algo que eu escuto sempre que quero ouvir músicas de jogos, vale inclusive mencionar que a trilha sonora do jogo está disponível nos principais serviços de streaming, inclusive no Youtube pelo “canal” oficial do próprio compositor para você ouvir sempre que quiser. Segue aí a playlist completa.



Eu gostaria de comprar a trilha sonora em mídia física, mas a grana pra isso é um pouco ausente ao menos no momento que escrevo esse texto. Pra ser sincero, meu desejo era desde o começo ter comprado a edição de colecionador do jogo. O jogo conta com duas lindas edições de colecionador, uma cara e outra ainda mais cara… não, pera… tem uma versão com menos e mais itens dentro da caixa. E, apesar do jogo ter sido lançado em outras plataformas depois do lançamento no Nintendo Switch, apenas a versão do console da Nintendo conta com versões de colecionador.


A versão Wayfarer vem com o jogo (obviamente), um mapa de Orsterra feito em tecido que do lado oposto exibe uma arte dos personagens principais, CD de trilha sonora com 14 músicas, um fodendo livro dobrável no estilo daqueles livros infantis trazendo algumas cenas do jogo com o estilo visual do mesmo, uma réplica de uma Leaf, a moeda corrente no jogo e tudo isso vem numa caixa linda pra você guardar é claro. Essa é a edição mais “completa” das de colecionador e a menos cara. Segue abaixo vídeo de unboxing da IGN para essa edição. BTW, Daniel do canal Retro Level, se você estiver lendo isso e quiser me fazer uma doação, me contata no privado que eu te passo o endereço kkkkkkk





A outra versão é a Travelers Compendium que tem uma coloração diferenciada na caixa e conta com o jogo (claro né?), o mapa em tecido, a moeda de Leaf e o livro 3D. Deixando de fora somente o CD com as 14 músicas. Se considerar que vem um item a menos podemos dizer que é a versão mais “pelada” por conta disso. Abaixo um vídeo de unboxing do canal finngamer.





Detalhe curioso que, a versão com CD foi lançada somente nos EUA enquanto a versão sem CD foi lançada tanto na Europa quanto na Austrália. O Japão, terra de origem do jogo e onde versões de colecionador de jogos sempre foi mais comum não recebeu nenhuma versão; E, outro ponto a se observar é que, o CD com músicas que vem na edição vendida nos EUA tem somente 14 das 85 músicas que compõem a trilha sonora do jogo e vem em 4 CDs, o que pra mim por exemplo deixaria tudo mais caro… comprar uma versão de colecionador e a trilha sonora… ao menos a trilha sonora ainda é vendida em lojas de importação como a Play Asia enquanto a versão de colecionador do jogo, qualquer uma delas você só vai encontrar nos ebay, Mercado Livre e afins por preços que dariam pra comprar um Nintendo Switch e o jogo na versão comum.


RPG de mesa de Octopath Traveler

Além do jogo, versões de colecionador e trilha sonora, o jogo também recebeu vários produtos que pra variar são exclusivos do Japão. Temos um outro CD com músicas remixadas, versão em disco de vinil da trilha sonora, guias de estratégia e até um livro de regras pra jogar um RPG de mesa com base no universo do jogo… até uma caixinha de música fizeram. Confesso que eu compraria tudo isso, mas já sabe né? Dinheiro não dá em árvore… embora o nome da moeda corrente no jogo é folha em inglês…


Acho que dá pra perceber que eu gosto do jogo, né? Eu não deixei de jogar jogos antigos porque existem novos jogos como muita gente faz, eu tento ir intercalando entre as gerações e jogos que eu quero e posso jogar. Octopath Traveler ficou bem no meio disso tudo, um jogo em consoles de gerações mais atuais, trazendo toda uma pegada de jogo clássico, inventando um estilo visual espetacular… bem, foram 130 horas de gameplay pra mim, que jogo com calma, apreciando o jogo… mas eu não faria de novo a jornada. Vontade eu até tenho, mas vejam bem, se eu faço isso, vou acabar deixando de jogar outros jogos que ainda não tive a oportunidade porque o tempo gasto pode render mais com outro jogo. Embora seja maravilhoso só ficar olhando os cenários no jogo… 


E por falar em cenários do jogo, o estilo 2D-HD pegou. A própria Square Enix abraçou o estilo visual com vontade. Anunciou inicialmente um Remake com o mesmo estilo visual para Dragon Quest III, que saiu originalmente no Famicom/NES em 1988. Embora tenha ganho um remake também no Super Famicom em 1996, esse que é o RPG mais vendido no console de 8 bits da Nintendo vai um dia ganhar um espaço na minha coleção de novo (tenho a versão de Super Famicom). Infelizmente nada de datas de lançamento, somente um trailer até agora.





Esperamos que o jogo seja lançado algum dia pra todas as plataformas recentes, mas eles fizeram mais sem ser Dragon Quest. Em parceria com a Artdink em 2021 saiu Triangle Strategy, um RPG Tático que mostra como usar muito bem o estilo de Octopath Traveler. Esse eu ainda não tenho na coleção mas vou ter… um dia vou… talvez quando você estiver lendo isso eu já o comprei.





O jogo está disponível pra Nintendo Switch e PC. Mas a Square is on fire!!! E em 2022 veio outro remake!! Live A Live, um RPG de 1994, exclusivo do Super Famicom, voltou com gráficos em 2D-HD e com melhorias no que já era bom. Um excelente RPG que eu pude jogar no SNES e não pensei duas vezes em comprar o remake pra jogar também. Não vou falar muito sobre ele aqui, fiz uma análise da versão original lá no blog Snestalgia que você poderá ler clicando aqui, mas faça isso depois de terminar esse texto. Abaixo segue trailer do jogo.





Esse não ficou restrito ao Nintendo Switch não, tem pra PS4 e PS5 e PC. E agora com localização oficial em inglês que não existia na versão original. Como eu disse antes, eu comprei o remake mas ainda não me dediquei a jogar ele até o final. As melhorias no gameplay foram mais do que bem vindas em relação ao jogo original e o visual está bonito, embora não tenha exatamente o mesmo “brilho” que Octopath Traveler e o Triangle Strategy, parece que economizaram um pouco nos efeitos de iluminação… mas tá bonito e o jogo vale a pena e é isso que importa.

E a o movimento 2D-HD inspirou mais gente, e alguém que sinceramente, eu não esperava nada vindo deles atualmente…. falo da Konami, empresa que tem um legado maravilhoso mas hoje em dia parece que nem existe quando precisamos deles… mas enfim, o que eles prometeram pra nós e estamos esperando chegar é um belo remaster usando o 2D-HD de Suikoden I e II, dois excelentes RPGs do Playstation que eu deveria ter jogado mas não o fiz até hoje. Quem sabe essa nova versão dos dois jogos não seja o meu ponto de partida? Isso se saírem é claro, o lançamento é para 2023 mas o ano tá acabando e nada (se estiver lendo isso e o jogo tiver saído pode ignorar kkkkkk). Mas segue o trailer dele aí em baixo.





Pelo que podemos ver no trailer o jogo também é bem mais leve nos efeitos visuais em relação ao que a Square e principalmente a franquia Octopath Traveler tem feito, mas não deixa de ser bonito, como o jogo original já era lá nos anos 90. É esperado que o jogo saia para todas as plataformas atuais em algum momento. 

E depois de ver outros jogos e promessas de jogos pegando carona nesse estilo 2D-HD que foi criado em Octopath Traveler só podemos sonhar né não? Quem sabe um dia não veremos alguns jogos lá dos tempos do Super Nintendo e Mega Drive ou até os 2D do Saturn e Playstation ganhando um remake ou remaster com esse visual… a própria Square Enix diz que tem interesse em fazer mais remakes assim, eu pessoalmente apoio eles e muito, eu queria muito ver Bahamut Lagoon nesse visual, acho que o jogo meio que nasceu pra ter esse estilo. Mas acho que é isso aqui que todo mundo mais vai querer não?





Não saia animado depois de ver isso, afinal é só um conceito feito por fãs (INFELIZMENTE) e até o momento que eu escrevo esse artigo a Square Enix não anunciou nada do tipo (INFELIZMENTE)... mas não custa sonhar não é? Outro jogo que eu queria ter visto é Final Fantasy VI mas esse já ganhou o remaster na coletânea Pixel Remaster então é bem provável que a Square não chegue perto dele pra mais nada por muito tempo, ou pra sempre (INFELIZMENTE). E olha que o jogo até brincou com os meus sentimentos fazendo a cena da ópera com esse estilo.





Eu poderia fazer uma lista imensa de jogos que ficariam lindos nesse estilo 2D-HD, tantos RPGs antigos legais que poderiam estar de volta e conquistar novos jogadores, além claro, de nos alegrar mais uma vez. Mas nem vou fazer lista aqui senão o artigo vai crescer mais ainda. Mas digam aí nos comentários quais jogos vocês iriam querer ver refeitos com esse estilo.


Mas e quanto ao Octopath Traveler? Ficou somente nesse jogo? Nada… rendeu mais dois jogos, ou eu deveria dizer um jogo e um caça níquel… então, em 2020 a máquina de fazer merda da Square Enix botou Octopath Traveler Champions of the Continent no mercado. Mas por que máquina de fazer merda? Pelo simples fato de este jogo ser mais um dos muitos jogos feitos por eles pra ser um maldito free to play gacha de celular. O jogo que só foi chegar em 2022 no ocidente é exclusivo para Android e iOS e é do tipo que faz de tudo pra tomar seu tempo, bateria e dinheiro. Ao que parece o jogo tenta contar uma história que se passa antes do jogo original, tem personagens próprios e até podemos usar os personagens do jogo original naquele esquema de conseguir eles na base do loot box.





Pra não desmerecer por completo o jogo, eu posso garantir que visual bonito ele tem e ainda faz algo que eu gostaria que o jogo original fizesse desde o começo. Jogar os combates com os 8 personagens de uma vez… seria louco demais… mas fora isso, pra mim o jogo aí é lixo. Não consigo suportar o fato da Square fazer esse tipo de coisa… nem vou usar Octopath Traveler pra descarregar minha raiva agora mas sim outra franquia… a franquia Mana. Quantos e quantos anos que não temos um jogo de verdade dessa franquia? Até temos remakes e remasters aqui e ali, mas um jogo novo que é bom, nada né? Aí quando a Square anuncia um novo jogo… é gacha mobile… esse é um dos motivos de eu odiar esse tipo de jogo. Mesma coisa foi com a franquia Valkyrie, ficamos anos sem ver jogo aí apareceu o Anatomia… véi… sangue ferveu na época de raiva… até temos o Valkyrie Elysium hoje em dia, mas aí é outro assunto. Dragon Quest, Final Fantasy, Romancing SaGa… toda vez que eu via um trailer no canal oficial deles e ia feliz achando que teria um jogo novo, era um maldito título mobile estilo gacha. Ainda bem que eles não são a Konami, porque senão o negócio seria Pachinko of Mana, Octopachinko Traveler, Pachinko Fantasy VII… kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (eu tô rindo por fora e chorando por dentro pois gostava muito dos jogos da Konami e me dói ver eles acabarem assim).


E por fim a cereja do bolo na franquia veio em fevereiro de 2023, desta vez não só para o Nintendo Switch mas também pra Playstation 4 e 5, PC e para os Xbox One e Series X/S, Octopath Traveler II vem trazendo tudo que o primeiro tem de bom e expandindo ainda mais com novidades e melhorias.Gráficos mais bonitos, OST igualmente maravilhosa, personagens e histórias talvez até melhores que as do primeiro, novas mecânicas de gameplay e tudo isso sem tirar um dedo do que era bom no primeiro jogo. O que os criadores do jogo fizeram aqui se assemelha muito ao que os criadores da franquia Dragon Quest fazem há mais de 30 anos, trazer novidades pro jogo sem destruir a base que foi criada antes, e eu espero sinceramente que Octopath Traveler tenha mais jogos e mantenha a mesma tradição que DQ tem, inovar sem perder suas origens.





Este eu também comprei, tá na coleção já, quando vi o trailer durante uma Nintendo Direct já tratei de dar um jeitinho de juntar a grana. A parte ruim foi esperar a entrega pois comprei na pré venda e tive de esperar mais ainda porque os correios do Brasil já sabe né? Se não ficar uns dias a mais a mercadoria em Curitiba, não é o serviço postal nosso kkkkkk

Apesar disso ainda não pude realmente apreciar o jogo. Até comecei a jogar ele mas tive de parar por motivos fortes de The Legend of Zelda Tears of the Kingdom, que eu ainda não terminei também por motivos de falta de tempo e por motivos de Vampire Survivors kkkkkk


E que venha um terceiro um dia



Ainda não posso dizer com absoluta certeza que Octopath Traveler II é melhor que o primeiro pois joguei pouco pra fazer tal afirmação, mas eu vou jogar e aí quem sabe um dia eu volte aqui pra fazer um texto grandão sobre ele. Mas agora eu acho que chega de verdade, era pra ser um texto rápido e curto e acabei escrevendo mais que muito artigo da Wikipédia. Reitero que o texto em si é uma mistura de review (atrasado pra caramba com base no lançamento do jogo) e um bom tanto de relato pessoal e opinião, você pode não concordar com tudo o que eu disse e nem mesmo ler o texto (se bem que se chegou até aqui é porque deve ter lido kkkkk) mas se puder compartilhar um pouco do que você acha do jogo aí nos comentários eu vou gostar de ler. Então sem mais enrolação, fui e até a próxima.


Um comentário:

  1. O que eu gosto nos seus textos é uma mistura de humor, paixão pelos jogos e um toque de desabafo que é bem interessante e de leitura bastante envolvente.
    Octopath Traveler e seus desdobramentos, você definitivamente tocou num ponto válido em relação à indústria de jogos e sua tendência, eu sou péssimo pra analisar ou se quer observar essas coisas. Muitos títulos para dispositivos móveis estilo gacha eu sou bem mais por fora ainda. É frustrante quando vemos franquias que amamos sendo transformadas em "caça-níqueis", e você expressou isso de maneira engraçada com exemplos como "Pachinko of Mana" e "Octopachinko Traveler". O sentimento de nostalgia misturado com o desejo de ver mais jogos "de verdade" é algo que muitos fãs compartilham.
    Mas o mais legal foi sentir a sua empolgação com Octopath Traveler IIm definitivamente contagiante, e a maneira como descreve as melhorias gráficas, a trilha sonora e as novas mecânicas é animadora.
    Espero que, quando você tiver a chance de jogar Octopath Traveler II, possa voltar com um texto tão divertido e informativo quanto este. E, claro, aproveite sua jornada por Hydeland enquanto se diverte com os jogos que estão na sua lista de espera, como The Legend of Zelda Tears of the Kingdom e Vampire Survivors.
    Continue escrevendo e compartilhando esses pensamentos, porque é sempre bom ler textos escritos com tanto entusiasmo e humor.

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