31 de julho de 2015

“What the puck, man!?”

Onde se originam as grandes ideias e quantas delas se tornam marcos na história da humanidade ao ponto de influenciar a vida de milhares de pessoas? Claro que por este se tratar de um site de games, eu não poderia falar sobre Motores à vapor, Automóveis, Transistores ou a invenção do Plástico bolhas, que foram criações maravilhosas, mas terei de me restringir somente a games que também é algo maravilhoso. Hoje estarei trazendo à vocês um especial sobre Pac-Man, com curiosidades, fatos e mitos. Por exemplo, reza a lenda que durante um jantar ocorrido antes mesmo de eu completar 1 ano de idade, um jovem designer chamado Tōru Iwatani (岩谷 徹,) teve a brilhante ideia de criar um personagem de aparência simples baseado na forma resultante de uma pizza faltando apenas uma fatia, o que lembrava um ser circular com a boca aberta. Todavia, será esta uma inverdade? Continuem lendo para saberem mais sobre isso e muitas outras curiosidades referentes a Pac-Man.


Wak! Wak! Wak!

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Lançado originalmente para Arcade em 1980, Pac-Man foi uma criação de Tōru Iwatani sob carimbo da softwarehouse Namco que trazia consigo uma mecânica simples de “comer bolinhas no labirinto e escapar de fantasmas perseguidores”. Sua engenharia foi construída usando a Namco System Pac-Man rodado numa CPU ZiLOG Z80 com 3,072 MHz de velocidade de processamento (Criada por ex-engenheiros da Intel e que foram usadas inclusive no ZX-Spectrum, Commodore 128, MSX, Naja Micro e etc, e posteriormente usados em versões modificadas no Master System e game boy original). Sua placa de vídeo é capaz de gerar cores RGB (Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue)), com dados Raster e resolução de 224 x 288, e seu som, com apenas 3 canais mono, usa a Namco WSG a 3,072 MH. Tudo isso montado ou num Gabinete Clássico (Tradicional) ou no formato cocktail, mas teve inúmeras conversões para as mais variadas plataformas como Atari 2600, Atari 5200, Commodore 64, NES, Intellivision, Sega Game Gear, Game Boy, Neo Geo Pocket Color, Game Boy Advance, celular, Nintendo DS e Virtual Console (versão de NES para Wii1 e de Game Boy para Nintendo 3DS2).


Imagem extraída do site Cutucando a Onça

Nomenclaturas e recepção:

Eu sei que você conhece o famoso Pac-Man, a final de contas ele ficou conhecido aqui no Brasil com o apelido de “Come Come”, o que alguns não devem saber é que durante sua concepção o jogo se chamava Pakkuman, como referência direta a uma onomatopeia japonesa conhecida por “Paku-Paku” que descreve o som de alguém comendo, ou seja, da boca se abrindo e se fechando assim como o "chomp chomp" e "Nhac Nhac" (Se bem que o Pac faz algo mais parecido com “Wak! Wak!” ^_^). Entretanto, sua primeira denominação oficial durante seu lançamento japonês pela Namco no dia 22 de Maio de 1980 era Puck-Man, fazendo alusão ao disco de Hóquei no gelo.


"What the puck, man?"

– O que diacho é Puck-Man?! Tá doido que nós vai usar isso! Vai dar treta! Vai trazer “pobrema pa nóis”!

Devia ter sido mais ou menos essa a reação que os Americanos tiveram na época imaginando que ao entrar no ocidente, “Puck” facilmente se tornaria “Fuck”. Mas aquela nação não poderia deixar de ter o game que ostenta o título de “Jogo de Máquinas de Moedas de Maior Sucesso em Toda a História”, o que até se justificaria o uso do nome “Fuck-Man” se quisessem, mas devido a isso, em vez de Puck-Man, o jogo se tornou Pac-Man para evitar associações maldosas.


O game original do Pac-Man ocupava somente 24Kb de espaço

“Com essa estrutura em seu lugar, o objetivo do jogo se tornou mais óbvio e o personagem principal logo ganhou seu apelido, 'Pakku Man' baseado na gíria japonesa 'paku-paku' que descreve o som de uma boca enquanto come (o nome original do jogo se tornou Puck Man. A publicadora americana, Midway, renomeou-o Pac-Man para impedir vândalos espertos alterando o 'p' em 'puck' para um 'f'.)” - comenta Iwatani numa entrevista.
Embora no ano de 2005, Pac-Man tenha sido eleito "personagem mais reconhecido do mundo dos games" pelo Guinness Book, 94% dos norte-americanos conheciam o personagem, seu sucesso não foi imediato, “no Japão, o jogo encontrou uma recepção morna a princípio, mas depois provou ser um grande vendedor após muitos anos.” – relata Iwatani. “No exterior, foi um sucesso massivo - pessoas que normalmente não jogavam videogames se tornaram ávidos fãs, e havia muita cobertura da mídia sobre o jogar Pac-Man”- recorda. O sucesso nos EUA tomou as pessoas de surpresa, os especialistas da época consideravam Rally-X como o jogo dos anos 1980. Entretanto, graças a habilidade de Iwatani em atrair todos os tipos de jogadores, e não apenas adolescentes, logo Pac-Man alcançou os lares.

Nem sempre tudo “começa” em pizza (Aparências):

“Iwatani começou a pensar em ideias para um novo videogame no qual a palavra chave deveria ser o verbo 'comer'. E, apropriadamente, durante um almoço, num de seus favoritos fast-foods, algo mudou para sempre o curso da história dos games. “Com ‘comer’ estabelecido como palavra-chave, algo me chamou a atenção' - lembra Iwatani. 'Eu tinha pedido uma pizza redonda e ela estava com um pedaço faltando. “Em num momento EURECA!”, Iwatani diz, 'a forma do que Pac-Man é hoje passou pela minha mente.”
Trecho do texto do Making-of traduzido por Thiago Cruz
Muito embora esse trecho tenha sido retirado do Making-Of do Pac-Man na RetroGamerNet, esta “É só meia verdade” como disse o próprio Iwatani em 1986 desmentindo a brincadeira. Sua idéia original não foi exatamente concebida baseada numa pizza sem uma fatia, mas no símbolo japonês conhecido como “Kuchi” que significa “Boca”. “Era num formato quadrado" - disse Iwatani - "e não circular como uma pizza, mas decidi arredondá-lo”.
O ideograma para "boca" em japonês tem o formato quadrado

Durante a criação do personagem, também foi aventada a hipótese de Pac-Man possuir olhos, mas isso iria contra a premissa da simplicidade a qual Iwatani queria seguir, pois logo depois poderiam vir ideias para por óculos e/ou bigodes. A cor do personagem foi oficialmente definida como amarela por ser considerada neutra e pacífica, e para o momento em que Pac-Man morre, Iwatani se inspirou nos fogos de artifícios lançados durante a noite e criou o efeito em que o personagem se dissolve em pequenos pixels.
Desde sempre Iwatani imaginou as fases onde seu personagem deveria “comer algo”, inicialmente os cenários deveriam ser enchido com comidas, mas depois isso foi mudado para pequenos pontos denominados de cookies. “A elegante clareza do design do personagem também influenciou o jogo propriamente dito. A comida para Pac-Man comer era inicialmente jogada ao redor de toda a tela, mas Iwatani foi esperto em garantir que os jogadores imediatamente saberiam o que fazer. “Eu queria simplificar a operação de jogabilidade, e então a ideia de construir um labirinto em que o movimento fosse restrito a quatro direções básicas - cima e baixo, esquerda e direita - me ocorreu” diz Iwatani.

Pac-Man Versus Monstros ou Fantasmas? (Nomenclaturas e Personalidades):

Após criado os elementos básicos do jogo, Iwata percebeu que ainda não era suficientemente divertido e desafiador, então foram inseridos inimigos, fornecendo tensão e excitação e tornando-o em um desafio para jogadores apanharem comida do labirinto. Outra tomada de decisão que passou por muito debate foi em relação ao que seriam os vilões do jogo, ambos eram simultaneamente denominados de Monstros e Fantasmas, mas o destaque maior foi para Fantasmas.
“O desenho de TV dos antagonistas Tom e Jerry ajudou a criar o relacionamento entre Pac-Man e os fantasmas,” - relembra Iwatani. – “se a programação tivesse sido de tal forma que os quatro fantasmas atacassem a posição atual de Pac-Man com o mesmo algoritmo, os fantasmas pareceriam um colar de contas. Onde está a emoção nisso? Então introduzi algoritmos de IA que tinham os fantasmas indo em direção ao Pac-Man de todas as direções.”
Vale informar que a princípio os fantasminhas teriam a mesma cor, vermelha, mas resolveram atribuir cores diferentes para tornar mais divertido depois de alguns testes feito com diversos jogadores. Mas as diferenciações não se restringem apenas nas cores, eles, além de possuírem seus próprios nomes, também possuem características comportamentais InGame.

Vamos a eles:


Bashful/Inky (O Estrategista): Determinado a pegar Pac-Man a todo custo, Ink é imprevisível e versátil quanto aos seus padrões de movimentos sendo inclusive capaz de prever os movimentos de Pac-Man;



Speedy/Pinky (O Emboscador): Este fantasminha consegue surpreender o jogador tomando rumos alternativos não tão óbvios que antecipam a rota de Pac-Man;



Shadow/Blinky (O Perseguidor): Este geralmente traça o caminho mais curto para alcançar Pac-Man;




Pockey/Clyde (O Bobalhão): Nem sempre interpretado como uma ameaça, este fantasminha se utiliza de padrões de rotas bem aleatórios.

Obs: Possivelmente com o intuito de aumentar a atratividade do público feminino, foi criado em 1982 a versão feminina denominada Ms. Pac-Man, e o fantasminha Clyde teve seu nome trocado por Sue. Aliás, em se falando de Clyde, por ele ser o mais popular dos fantasmas ele faz uma aparição no filme “Detona Ralph”, lançado pela Disney em 2012 e no Brasil no dia 4 de janeiro de 2013. 


“Parte desse apelo é sem dúvida devido à divertida e pacífica natureza de Pac-Man e suas ações. Ele explora um simples labirinto, comendo pontos, perseguido por um quarteto de fantasmas. Quando Pac-Man come uma das quatro pastilhas do poder do labirinto, os fantasmas se tornam azuis e fogem tornado-se subitamente comestíveis e decididamente não-ameaçadores. Entretanto, quando um fantasma é consumido, seus olhos 'escapam', rapidamente retornando ao cercado de fantasmas central, onde ele é renascido.”


Chuck Norris não sabe jogar Pac-Man

Ainda tratando-se de fantasmas, os programadores resolveram improvisar de uma maneira um tanto curiosa na versão de Atari, quando o jogo era exibido nas antigas TV’s de tubo de imagens:
Os feixes de elétrons eram projetados sobre a tela de fósforo que faziam acender as imagens dando forma aos fantasmas, e isso acontecia num ritmo extremamente rápido, só que após acesos eles se apagavam numa velocidade mais lenta dando a impressão de que os fantasmas piscavam e deixavam um rastro. Um texto postado por Ian Bogost, autor do livro "Racing the beam” (desenvolvimento de games na época do Atari) escreveu para o site Georgia Tech em Abril de 2009 explicando isso precisamente, mas como o texto estava em Inglês, o meu amigo Orakio-Rob lá da Gazeta de Algol e Gagá Games nos fez a gentileza de traduzir um trecho relevante DESTE POST que trata exatamente sobre isso, confiram:

* * *
Um jogo de Atari, quando jogado em uma televisão [de tubo], apresenta uma série de características visuais que não podem ser vistas em uma tela de LCD:
Observe na imagem do site Bit-Tech.Net (comparativa entre CRT e LCD) a seguir a trilha deixada pelos fantasmas enquanto se deslocam. Vejam a imagem residual dos fantasmas piscantes.

Textura: a tela em si não é construída por pixels como um monitor, mas com o brilho fosforecente de um feixe de elétrons que ilumina uma grade de foco. O resultado são pontos coloridos levemente separados na tela, que se tornam menos visíveis quando a pessoa se afasta da televisão.
Imagem residual ("afterimage"): a área com o brilho do fósforo leva alguns instantes para "apagar", resultando em uma imagem que permanece mais tempo na retina humana em comparação a uma tela de LCD. Com isso, as imagens ainda podem ser vistas mesmo após terem sido movidas ou alteradas. Os programadores de Atari se aproveitaram disso para criar objetos que "piscam" entre os quadros.
* * *
A título de curiosidade, a SEGA também se aproveitava dessa peculiaridade das TV’s de tubo para gerarem alguns falsos efeitos de transparência que o Sega Saturn usava em alguns jogos como em Panzer Dragoon e Burning Rangers, o que demonstrava que os programadores das antigas eram verdadeiros mestres.

Pastilhas do poder, “fase Split/Kill Screen” e Recordes:

As pastilhas do poder não existiam nos estágios de planejamento do game, elas surgiram durante o desenvolvimento como uma maneira que permitisse Pac-Man “virar a mesa”, caçar comer os seus perseguidores. “A inspiração para a pastilha do poder foi o espinafre do desenho de TV Popeye” - explica Iwatani.
Pac-Man espinafre, Pacman eating spinach, Pac-Popeye-Man! Bah! Não sei que nome dar a isso!
;-)

Você, que possivelmente deve ter passado horas e horas se deliciando no joguinho do Come-Come, nem deve ter se tocado que cada fase possui ao todo 240 pastilhas sendo que apenas 4 dão ao Pac-Man o poder de devorar os fantasminhas, ou quem sabe até percebido que o jogo deveria possuir 256 fases, mas que a ducentésima quinquagésima sexta não esta acessível de modo adequado devido a um “BugUg” de Software conhecido como “fase Split-Screen” ou “kill screen”.
256?! Como(?!) Se eu nem chego na 255?

“kill screen” é uma fase ou estágio de um game onde o jogo se comporta de modo atípico devido a algum erro ou uma imprevisão no design, impossibilitando o prosseguimento do jogo. No caso do Pac-Man a falha de processamento resulta numa tela dividida onde numa metade a fase aparece normal e a outra metade exibe um monte de caracteres e pedaços de figuras estranhas. Observem na imagem a seguir a aparência da fase 256:
Fase 256 de Pac-Man Assistam ao vídeo CLICANDO AQUI

Mercadologicamente falando, foram vendidas 100 mil unidades de máquinas Arcade somente em seu lançamento nos Estados Unidos, o que já representava um verdadeiro sucesso absoluto muito embora, no Japão as coisas não tenham decorrido de modo explosivo. Todavia, imagine comigo a quantidade de pessoas jogando Pac-Man constantemente desde esse período para somente 19 anos depois (1999) alguém finalmente alcançar a pontuação máxima permitida inGame que é de 3.333.360? Esta marca foi alcançada por Billy Mitchell que, após encarar uma jogatina de quase 6 horas num fliperama Funspot, em Weirs Beach (EUA), conseguiu essa façanha incrível. Confira o vídeo do recordista comentando sobre o feito:
Conforme documentário The King of Kong: A Fistful of Quarters, Billy Mitchell também foi recordista mundial ne Donkey Kong

Billy Mitchell, na época, ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil para aquele que conseguisse bater recorde no Pac-Man original antes de 1º de janeiro de 2000. Como o feito não foi alcançado, Billy continuou sendo “o rei que não perdeu a majestade”. Todavia, o norte americano David Race (Sim! Este é o nome dele mesmo!) residente na cidade de Beavercreek (Ohio), é o recordista em tempo, finalizando os 255 níveis do jogo em três horas, 41 minutos e 22 segundos e sexta pessoa no mundo a alcançar a pontuação perfeitas (Acho que pelo método desconstrutivo eu chego lá sem sair da primeira fase ^_^).

O valor daquilo considerado uma diversão frívola:

“Jogos são coisas para crianças”, “É voltado para um público masculino”, “Larga disso que isso não dá futuro!” ao menos foram essas algumas das frases que eu sempre escutava principalmente vindo dos mais velhos e conservadores, coisa que basta dar uma rápida olhada nas temáticas de alguns jogos da atualidade (E antigos) para por abaixo o conceito de “produto infantil”. Entretanto, já em 1980, o foco durante a criação do Pac-Man TAMBÉM era atingir um público diferenciado, além dos casais, eram principalmente o público feminino. Como dito pelo próprio Toru Iwatani na conferência de desenvolvimento de jogos em 2011 (Game Developers Conference de 2011).

-“Criei Pac-Man porque queria atrair jogadoras do sexo feminino para o mundo dos gamers”.
Pac-Man completou 35 anos na sexta-feira dia 22 de Maio de 2015

A propósito, Ms. Pac-Man foi inicialmente criada para ser apenas a esposa de Pac, mas acabou se tornando a SEGUNDA personagem feminina realmente jogável na história dos vídeo games, ficando atrás da Lady Bug (Ambos os jogos são de 1981, sendo que a Lady Bug foi de Outubro enquanto que Ms. Pac-Man foi de Dezembro).

Se me dão licença, agora irei fazer uma breve pausa no meu texto sobre Pac-Man para ir ali tomar meu suquinho de ameixa (Bebida de guerreiro) e deixar que o meu amigo Glefferson Vinícius de Lima escreva um pouco sobre a Lady Bug. Depois eu volto!
Glefferson, está com você agora:

Opa, deixa comigo!

Sou Glefferson, colecionador de videogames há 15 anos, apaixonado pela SEGA, por Fuscas, Ufologia, Jurassic Park, rockeiro doente pelos Ramones e Misfits e esta é minha pré-primeira contribuição para o Desconstrutor.

Lady Bug foi a primeiríssima personagem feminina a estrelar um videogame. Embora tenha sido lançado em outubro de 1981, dois meses antes da Ms. Pac-man, a pouca repercussão do lançamento acabou ofuscando a doce personagem, que muitos sequer sabem de sua existência e importância histórica. Justiça seja feita, o arcade trouxe várias novidades bem interessantes, algumas vistas, inclusive, em Ms. Pac-man. Isso me faz pensar se a toda poderosa Namco não se “inspirou” em alguns ingredientes da receita da Lady.
O game lembra bastante Pac-man na ideia geral: Um game em que você percorre um labirinto coletando frutinhas e fugindo de inimigos. Porém seria bastante injusto dizer que é uma “cópia”. Lady Bug está para Pac-man como Sonic está para Mario, ou seja, ocupam o mesmo patamar, mas são completamente distintos.

Em Lady Bug, você é uma doce joaninha (ladybug em inglês) que deve coletar flores em um jardim e fugir de insetos maiores. A primeira inovação vem logo no início da partida. Você pode alterar o layout do labirinto virando os 20 portôes que existem na fase, mudando completamente o caminho. A segunda inovação, também logo de cara, é o temporizador da fase. Ao se encher, um inimigo entra em ação na tela. Curioso e ao mesmo tempo genial é que o temporizador é a própria borda do labirinto, que vai mudando de cor até dar uma volta na tela. Além disso, você ainda pode coletar vegetais especiais, cada um uma letra, que formam ou a palavra EXTRA ou a palavra SPECIAL. E a forma com que elas são coletadas é no mínimo inovador e muito bem pensado…
O game recebeu port oficial para o ColecoVision e o Intellivision. Chegou a ser anunciado para Atari 2600, mas infelizmente foi cancelado, provavelmente pelo hardware inferior aos seus 02 principais concorrentes. Além deste, recebeu um clone chamado Bumble Bee pela Micro Power para os computadores BBC Micro, Acorn Electron e Commodore 64 em 1983 e 1984. A diferença aqui é que a doce joaninha deu lugar para uma abelha e os inimigos viraram aranhas.
Apesar de ter recebido vários ports e de todas a inovações, o arcade praticamente passou despercebido pelo público. Com o lançamento de Ms Pac-man poucos meses depois, apoiada por toda a estrutura logística da Namco e seus parceiros, o arcade acabou saindo do "pouco conhecido" para "obscuro". Uma grande pena mesmo.

Bom, deixa eu ir lá berrar pelo Yoz, que já está demorando muito! Esta contribuição é uma amostra do meu artigo de estréia no blog, onde daremos uma olhada mais detalhada e profunda neste belo game desconhecido de muitos. Sairá em breve! Abraços!

Valeu Glefferson! Continuando aqui com Pac-Man!

Mas se por causa de uns míseros meses a Lady Bug desbancou a Ms. Pac-Man deixando-a em segundo lugar no quesito “personagem feminina jogável da história dos games”, Pac-Man, através do jogo Pac-Land lançado em 1984 baseado no desenho animado acabou sendo o primeiro jogo de aventura a inventar o gênero plataforma com rolagem horizontal de tela, que por sinal foi o estilo mais conhecido, influente e predominante de “Platform Electronic Game” a qual conhecemos até hoje em muitos games atuais.
Claro que antes Pac-Land, em 1981, havia o Donkey Kong, onde o Mario, conhecido como "Jumpman", também corria e pulava, entretanto o cenário era completamente estático. Também havia Pitfall! lançado pela Activision para o Atari 2600, mas este também não usava a rolagem horizontal de tela. Assistam ao vídeo “Quem Copia Quem? Desmistificando os Jogos Clones” do canal Velberan Games onde Pac-Land é mencionado:
“Mário foi influente, mas mesmo ele foi inspirado em vários jogos para ser o que é”
Quase um Pioneirismo nas cutscenes:

A fim de que os jogadores de Fliperamas pudessem ter um breve tempo de descanso entre o final de uma fase específica e o início de outra, Toru Iwatani teve a idéia de produzir pequenas cenas animadas usando elementos do próprio game, tornando de Pac-Man uma das primeiras franquias a terem as famosas "cutscenes" tradução literária para "corte de cena", que exibiam pequenas animações engraçadas onde o Pac-Man e os fantasmas perseguiam uns aos outros durante esses intervalos. Só lembrando que estas cutscenes se utilizam dos gráficos do próprio jogo, portanto, não estou me referindo as cinematics ou in-game movies que são Cutscenes rodadas diretamente de um arquivo de vídeo frequentemente chamadas de Full Motion Video (FMV). Somente à título de curiosidade, Space Invaders Part II (também chamado Space Invaders Deluxe) de 1979 foi o primeiro game a possuir um intervalo entre a jogabilidade, neste, ao final de cada nível, o último invasor foge em uma espaçonave para enviar um SOS.

E se falando em Come Come, eis que surge Come Come Clone:

Tentando pegar carona no sucesso de Pac-Man, a empresa Magnavox lança em 1982 para Odyssey o jogo eletrônico de labirinto chamado K.C.'s Krazy Chase! que, para um dos inúmeros clones, até que fez um relativo sucesso. Mas quando a Phillips trouxe esse jogo para o Brasil em 1983 e se valendo do apelido a qual o Pac-Man original carregava por nossas terras, eis que K.C.'s Krazy Chase! acaba se tornando “Come Come”.
É fato que aqui no Brasil, Pac-Man ficou conhecido como “Jogo do Come Come”

Assistam também ao Game Play de Come Come:


Sucesso? Nem sempre:

Mas nem tudo são flores no jardim do velho Pac, em 1983 a indústria gamística norte americana estava começando a se saturar com games de baixa qualidade, a Atari que havia comercializado somente sete milhões de seu Atari 2600, bolou uma arriscada tática de vendas que acabou NÃO dando nenhum pouco certo: Superestimando a força do nome Pac-Man, ela pediu à Namco que fabricasse 12 Milhões de cartuchos da versão caseira do jogo imaginando que isso fosse alavancar as vendas de seu console, o problema é que esta versão do jogo vinha com uma qualidade bem inferior aquela vista nos fliperamas.
Arte do mestre Orioto, confiram sua galeria CLICANDO AQUI

Como resultado disso, o desapontamento do público fez com que milhares de cartuchos do Pac-Man de versão Atari ficassem morfando pelos cantos das lojas, o que ajudou na crise a qual conhecemos como “crash”, ou mais precisamente “Crash norte-americano dos jogos eletrônicos de 1983”, que foi uma grande recessão na indústria de jogos de vídeo game que findou em meados de 1985. Portanto, quem imaginava que a culpa do Crash tivesse sido EXCLUSIVAMENTE do jogo E.T. the Extra-Terrestrial (Atari 2600), saibam que isso apenas parte da causa do grande desastre mercadológico.
Capa original de Pac-Man para Atari 2600

Atari Pac-Man estava disponível para os computadores da Atari, mas não havia sido lançado até Março de 1982 para o Atari 2600. Você não deve considerar a data no cartucho porque a data de lançamento e a data do copyright diferem em um ano.

Inspirações? Inesperadas sim! Inconcebíveis, jamais:

A máxima onde “nada se cria, tudo se copia” nem sempre deve ser vista como algo ruim, e mesmo a indústria (não só) de jogos estarem recheadas de produtos que imitam uns aos outros, vários deles nascem como frutos de meras fontes de inspirações. Por exemplo, criado por Hideo Kojima sob produção da japonesa Konami, o PRIMEIRO Metal Gear foi lançado no dia 7 de Setembro de 1987 tanto para MSX2, Nintendo 8Bits quanto para Commodore 64, mas o que poucos devem saber é que o próprio Hideo Kojima, em uma entrevista ao site Gamasutra, afirmou ter se inspirado nos labirintos de Pac-Man para criar as áreas Metal Gear onde vemos os Solid Snake evitando os guardas da mesma forma que Pac-Man foge dos fantasmas.
"Pac-Gear Solid” ou “Pac-Metal Gear Solid Man”

A inovação final de Metal Gear veio com a adição de uma história dentro do jogo, porque "não havia nenhuma história na época em jogos de ação" – afirma Kojima enquanto falava da história de Metal Gear imaginando que o esconde-esconde no jogo precisava de um enredo.

O Rei de TUDO:

“Com personagens de jogos contemporâneos sendo frequentemente desenhados e escritos para imitar estrelas de filmes de Hollywood, é um prazer notar que um círculo amarelo com um apetite insaciável permanece sendo o mais resistente astro dos videogames até hoje. Afinal, que jogador não jogou alguma variação de Pac-Man? De acordo com um relatório de Maio de 2008 pela Davie Brown Celebrity Index, que pontua celebridades para avaliar produtos potenciais, Pac-Man foi reconhecido por 94% dos consumidores dos EUA, sobrepujando até mesmo Mario. O apelo de Pac-Man é, ironicamente, similar a pesos-pesados de Hollywood como Tom Hanks e Will Smith.”
Trecho do texto do Making-of traduzido por Thiago Cruz

Era de se esperar que quando algo se dá bem no mercado, os investidores tenham a atitude de extrair cada gota de lucro em cima desse sucesso, e com Pac-Man não foi diferente. Com mais de 100 games e 400 produtos Pac-Man se tornou o senhor do merchandising com os mais variados tipos produtos que abrangem desde os games, que foram suas origens, até brinquedos e cereais! Já ouviram falar nos sucrilhos do Pac-Man (Por favor, mentes poluídas permaneçam calmas e quietas ^_^).
1987 - General Mills - Pac-Man cereal box - Wacky Whipper Offer

Será que existe uma musica com mais cara de anos 80 do que essa?

Agora o comercial para o Macarrão Pac-Man de Chef Boyardee:
Transmitido pela rede ABC nos EUA entre 25 de setembro de 1982 a 1 de setembro de 1984 e com aproximadamente 30 minutos, duas temporadas e um total de 42 episódios, o amarelado personagem esférico deu as caras na TV sob a forma de um desenho animado produzido pela mesma empresa que criou Flintstones e Jetsons, a famosa Hanna-Barbera que criou Pac-Man: The Animated Series que foi exibido no Brasil pela SBT e Bandeirantes, onde o desenho era conhecido pelo nome de “Comilão”.
Curiosamente o game Pac-Land, que foi lançado um pouco depois, foi baseado neste mesmo desenho e o Pac-Man2: The New Adventures também era baseado no cartoon da Hanna-Barbera.

Elenco Original - Vozes

A Familia Pac:

Marty Ingels como Pac-Man

Barbara Minkus como Pepper

Russi Taylor como Pac-Baby

Peter Cullen como Sour Puss

Frank Welker como Chomp-Chomp

Os Monstros Fantasmas:

Neil Ross como Clyde

Barry Gordon como Inky

Chuck McCann como Blinkly, Pinky

Susan Silo como Sue

Allan Lurie como Mezmaron

Os Amigos da Familia Pac:

Lorenzo Music como Super-Pac

Frank Welker como Morris

Desenhos? Que tal músicas?

Durante alguns anos da década de 1980, a dupla Buckner & Garcia fez bastante sucesso com a canção “Pac-Man Fever” lançada em 1981 chegando ao nono lugar nas paradas do sucesso nos estados unidos chegando a vender 2,5 milhões de cópias.
Confiram algumas das músicas do Original Pac-Man Fever Album CD CLICANDO AQUI

Músicas? Que tal pseudônimos?

Alguém já ouviu falar em Emmanuel "Manny" Dapidran Pacquiao? Ele é um boxeador peso Meio-Médio e político filipino nascido em dezembro de 1978. Mas o que isso tem a ver com Pac-Man? Simples, Manny, diga-se de passagem o segundo atleta mais bem pago do mundo por desempenho (ganha em torno de R$ 50 milhões por luta, sendo duas por ano), além de usar o apelido de “The Mexicutioner”, também usa a alcunha corriqueira de...
Emmanuel "Manny" Dapidran Pacquiao conhecido como “The Mexicutioner” e “PacMan”

A origem do apelido Pac-Man veio das sílabas de seu próprio nome “Manny” para “Man” e “Pacquiao” para “Pac”, e como seu tio, Sardo Mejia, pensou que ficaria esquisito demais se ficasse “Man-Pac”, bastou inverter a ordem para ficar Pac-Man. ^_^

Que tal um Reality?

A “série” seria um “grande evento, louco com muita energia”. Ao menos esta era a frase de impacto que seria usada em 2011 para promover um reality show que acabou não dando certo.
Em 2011 foi tentado um reality show que era para ter sido um “grande evento louco, com muita energia”

Comerciais:

Para dar uma pausa na leitura, pedi a um dos colaboradores do Gamer Desconstrutor, o meu amigão Samurai Nihon lá do canal Ryu Nihon no, para preparar uns links de comerciais ou voltados completamente ao Pac-Man, ou onde o mesmo aparece para eu por neste texto, assistam cada um deles a seguir:

Comercial dos jogos da Namco lançados para o Famicom (NES) em 1984. Com participação especial do musico japonês Hosono Haruomi e também que tocava numa banda letronica:

Comercial super animado do Pac-man do Atari 2600 aonde toca a musica "Pac-Man Fever"!:

Comercial pílula do poder?:

Mr. Hooper , interpretado pelo ator e comediante Will Lee (06 de Agosto de 1908 a 07 de Dezembro de 1982)joga Pac -Man:

Estranho commercial espanhol:

Comercial de Atari 2600 do jogo da Ms Pac-man:

Procrastinando as tarefas por causa de Pac-Man: 

Imagina só! A pessoa chega ao escritório de manhã cedo sem a mínima vontade de trabalhar, as vezes até estressado com mulher (Ou marido), filhos, com coisas acumuladas, as vezes sem nenhuma satisfação ou se quer descanso; Então, ele abre o Google para começar as suas tarefas e dá de cara com um Pac-Man bonitinho com cores chamativas prontinho para ser jogado e de “grátis”. O que poderia resultar disso?

R: Um “prejó” de cerca de US$ 122 milhões em prejuízos de produtividades no mercado norte-americano.
“A Google lançou um doodle que permitia com que as pessoas jogassem em seus navegadores”

Ao menos foi o que apontou os especialistas no assunto, pois o Google doodle especial do Pac-Man consumiu uma somatória de 500 milhões de horas de jogo. Bem, permitam-me contribuir com este prejuízo em pró do divertimento alheio e escapismo da realidade nua, crua e azeda com a versão perfeitamente jogável Pac-Man Google Doodle aqui mesmo no Desconstrutor de ROM’s: GoogleDoogle:
Criado pela Google para comemorar os 30 anos de Pac-Man, concluo que esse Doodle é uma poderosa arma para quem deseja procrastinar
^_^

E a brincadeira não termina aí, para celebrar o dia da mentira em 2015, a Google também resolvei embutir o nosso amigo no Google Maps para que ele fosse perseguido pelos fantasmas em meio as ruas de qualquer lugar do mundo,
Assim como qualquer coisa de sucesso no mercado, nada como uma demonstração genuína de cobiça e avareza exploratória ululante através da expansão da temática para outros produtos, como o game com a esposa do Pac-Man chamada Ms. Pac-Man lançado em 1981 para, dois anos depois, lançarem um game com os filhos do Pac-Man (Se segura na cadeira porque a cria vai longe), uma série animada que narra a história do Pac-Man onde mostravam da mulher e filhos, o cão e gato em formato esférico dentre muitos e muitos outros produtos como grampeadores, canecas (Eu quero uma!), brinquedos (Eu quero um!), chaveiros (Eu quero um também!), sofás, tapetes, camisetas, lumitárias, almofadas (Eu quero de presente!), relógios,. Por falar em games, para comemorar os 35 anos do personagem, eis que a BANDAI NAMCO Entertainment America Inc. lança o PAC-MAN +Tournaments para Android de forma “gratuita”.
Espera! Porque esse gratuita esta entre aspas?

Você pode jogar o game normalmente a versão com o cenário refeito, mas com quantidades de vidas limitadas reabastecidas após um determinado período de tempo, o que isso quer dizer que para poder jogar sem esperar esse tempo passar, você precisará comprar as “fichas”. Através da compra a dinheiro, você também poderá comprar novos cenários refeitos:
Entretanto, você poderá jogar a versão clássica quantas vezes quiser, mas sem continues a não ser que você compre as fichas. Porém, uma alternativa bastante divertida e com uns gráficos bem mais bonitos é a versão PAC-MAN Championship a qual você poderá experimentar a EDIÇÃO DE DEMONSTRAÇÃO e se gostar, porque não, comprar a VERSÃO COMPLETA. São tantas coisas que, acredite, você abre seu navegador para pesquisar sobre o assunto e dá de cara com algo “novo” sobre ele. Por falar em algo novo sobre Pac-Man, continuem lendo...

Vilania Hollywoodiana:

Como se não bastasse o nosso esférico e amarelado herói “comedor” de bolinhas ainda deu as caras no filme “Pixels” ao lado de outros personagens de jogos dos anos 80, expandindo assim sua carreira para o ramo cinematográfico Hollywoodiano, só que desta vez o nosso velho Pac virá no papel de um dos bad guys pixelados numa história feita por Tim Herlihy. O filme foi produzido pela Happy Madison Productions e 1492 Pictures com distribuição da Columbia Pictures.

Lançado no dia 23 de Julho nos cinemas, o filme conta com a participação de Adam Sandler e Peter Dinklage nos papeis principais e, pasmem, um personagem fazendo o papel de Toru Iwatani num momento muito especial e particularmente engraçado para aqueles que manjam um pouco da história dos games.

Sinopse do filme:

“Em 1982, 33 anos antes, na esperança de estabelecer uma comunicação pacífica com vida extraterrestre, a NASA lança uma cápsula no espaço que contém as imagens e filmagens da vida na Terra. Atualmente, em 2015, a mensagem foi em contato da maneira incorreta. Quando aliens interpretam mal os vídeos de jogos clássicos que o homem criou, como uma declaração de guerra, eles atacam a Terra usando os jogos como modelos para os seus vários assaltos, incluindo Pac-Man, Donkey Kong e Centipede. O Presidente William Cooper (Kevin James) apela para que seu melhor amigo de infância, ex-campeão de video-game de 1980, Sam Brenner (Adam Sandler), que agora é um instalador de home theater e tinha um relacionamento anterior com a esposa de William (Jane Krakowski), lidere uma equipe de jogadores de arcade (Eddie Plant-Peter Dinklage e Ludlow Lamonsoff-Josh Gad) para derrotar os alienígenas e salvar o planeta.”
Resumo final e opinião pessoal sobre Pac-Man:

Em 1980 o mundo ganhou um personagem icônico que reinou supremo nas galerias de fliperamas da época. Nesse período, tudo relacionado a games era considerado leviano e quase ninguém acreditava que o status disso fosse mudar, na verdade, creio que nem Toru Iwatani tivesse noção do sucesso que seria alcançado. Se você viveu nessa época ou mesmo estudou a história de Pac-Man (Assim como dos games em geral), também verá que muitos anos após o lançamento original o personagem envelheceu bem, pois foi convertido para diversas plataformas e teve inúmeras versões de games com o personagem.
“Eu projetei o jogo para que jogadores de qualquer idade e de ambos os sexos pudessem jogá-lo de imediato, sem ler um manual,” - diz Iwatani sobre a popularidade duradoura de sua criação – “O jogo também contém numerosos estratagemas detalhados para ler a psicologia dos jogadores.”

Quando eu iniciei este texto, era somente para divulgar o game PacMan lançado gratuitamente para dispositivos moveis em comemoração aos 35 anos da franquia, mas conforme eu ia escrevendo sobre o jogo, iam aparecendo várias curiosidades que eu lembrava e com a chegada do filme Pixel resolvi expandir o texto trazendo tudo o que eu podia sobre curiosidades (Recordações e pesquisas).
Talvez sem surpresa, Iwatani assume que não revisaria seu jogo se lhe fosse dada a chance de voltar atrás e fazê-lo novamente. “No estágio de design, havia uma característica de 'shutter', que abria e fechava, agindo como um obstáculo no caminho do labirinto,' diz ele. 'mas eu não mudaria nada do jogo final. Por quê? Porque Pac-Man é completo de tal maneira que adicionar ou subtrair qualquer coisa seria inaceitável.”
Pac Man (Rémi GAILLARD)

Aliás! Mesmo eu tive pouco contato com os jogos da franquia, o original sim eu jogava bastante num fliperama perto de casa quando eu ainda era menino, mas depois que o lugar fechou, eu também não procurei jogar mais. Posteriormente, lá pelo final de 2013, joguei até o final a versão Pac-Man 2 - The New Adventures para Super Nintendo a qual despertou meu interesse depois que assisti esse vídeo do Velberan:
No mais, encerro este texto esperando que tenham gostado do trabalho de pesquisa e argumentação própria pessoal sobre o assunto.

Vida Longa e próspera!
\\//_

4 comentários:

  1. Ótimo texto manolo Pac-man é um personagem simples, carismático e imponente, mostrando que não precisa de muitas firulas para criar um bom personagem

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  2. A importância histórica e cultural do Pac Man não é algo que dá pra medir facilmente. Se os games são o que são hoje, é graças a ele, por mais que eu nem seja tão fã assim dos seus jogos, não dá pra negar isso. A matéria ficou ótima, principalmente pelas participações especiais. Aliás, me senti honrado de aparecer aí duas vezes XD

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  3. Uma menção que faltou nesse ótimo texto é com certeza os games da série Pac-Man World que surgiram à partir do primeiro Playstation. Foram uma mudança na realidade do personagem, levando ele de maneira muito bem feita para o mundo dos plataformas em 3D.

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  4. É este tipo de texto que justifica acessar a internet ao longo do dia, diariamente. Artigo com muito conteúdo, bem informativo, sucinto, bem pesquisado, porém de leitura fácil e direta, sem firulas.

    Um grande parabéns para o amigo Yoz! Eu que já sou entendido de Pac-man conheci várias coisas novas sobre o game no texto. Muito bacana!

    Falar de Pac-man é falar de videogame quase como se um significasse ser o outro, literalmente. Da mesma forma que muitos se referem a Gilette como barbeador, Limpol como detergente, Ferrari como Fórmula 1, etc. Não dá para medir o tamanho da importância de Pac-man para a História moderna, uma vez que ela ultrapassa longe a barreira de seu nicho e afeta muitas outras. Eu diria que uma geração inteira em diante. E isso se deve pelo fato de Pac-man ser o primeiro herói reconhecível de videogame. Até então você controlava ou navinhas ou bichinhos, mas nunca um personagem com alma, personalidade e empatia, tal qual a bola amarela é. Muito além de ser um jogo que trouxe meninas e pessoas de todas a idades para os game centers, quebrou 02 paradigmas essenciais que se refletiram na cultura pop da época: em contra-partida dos games norte-americanos da então suprema Atari, em que os jogos em sua maioria são de guerra, ou conflito sem esperanças em que a partida termina sempre com a morte do jogador, em Pac-man é apenas um carinha que quer comer doces e frutas. Um tema muito mais leve e "da paz" que seus concorrentes. Era a doçura kawaii dos japoneses invadindo o mundo. O segundo motivo, meio óbvio, é que Pac-man fez para os videogames japoneses o que os Ramones fizeram para o Brasil: abriu as portas e o mercado interno para que outros de fora viessem. Pac-man abril as portas dos jogos japoneses para público ocidental e isso foi crucial para a vinda da Nintendo para a América, tal qual os Ramones vieram aqui, se encantaram com o Brasil e saíram convidando outras bandas para virem tocar aqui e por isso mesmo grandes bandas que até então não tinham vindo começaram a aportar aqui. E essa invasão japonesa nos games acabou fazendo o ocidental ver e querer conhecer a cultura pop nipônica cada vez mais. E daí em diante vocês já sabem: cinema, animê, mangás, música, visual... E muitos games!

    Pac-man, portanto, é um grande herói que com certeza merece todo o nosso amor e respeito. Independente de você curtir ou não videogames, mas tenha certeza que sua vida foi afeta de alguma forma pelo fenômeno de 1980.

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